O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, lamentou nesta quarta-feira, 7, o adiamento da votação do Projeto Ficha Limpa e incentivou as pessoas a se mobilizarem para que o desejo do povo seja respeitado.
Nas próximas duas semanas, o texto do projeto deve passar por eventuais mudanças. As propostas foram encaminhadas para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem até o dia 29 para aprovar um parecer sobre as alterações.
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Enquanto os deputados debatiam algumas propostas no plenário da Câmara, um projeto já estava fora de votação causando insatisfação dos movimentos participantes.
"Isso amputa nosso projeto, a sociedade brasileira não aceita esse tipo de coisas e nós queremos um parlamento digno do povo brasileiro", disse a secretária executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa.
Para o relator do projeto, deputado Índio da Costa (DEM/RJ), "existem parlamentares querendo criar uma instância depois do STF. E é inacreditável, não entenderam nada do conceito do projeto, da vontade da opinião pública".
Do outro lado, um dos partidos responsáveis pelo adiamento justificava as alterações necessárias. "Nós somos favoráveis a haver um aperfeiçoamento, porque como está, o direito de defesa fica cerceado", afirmou o deputado Fernando Ferro (PT/PE).
O presidente da Câmara, Michel Temer, foi categórico e afirmou que o projeto será votado e aprovado para as próximas eleições. "Esse projeto vai ser aprovado agora e, eu suponho, que muito brevemente, o Senado também o apreciará e vai aprovar".
Ele fez questão de se reunir com os representantes para apaziguar a discussão.
Para o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, "o que nós vimos de vantagem é o fato de que, na reunião dos líderes na manhã de ontem, 7, o presidente da Câmara, Michel Temer, conseguiu aprovar a promessa de que, se a CCJ não apresentar a conclusão dos seus trabalhos em duas semanas, ele pode como presidente chamar para si, o trabalho, para o plenário".
Com o adiamento fica mais difícil que o projeto Ficha Limpa entre em vigor ainda nas eleições deste ano. Segundo Dom Dimas, o momento agora é de uma verdadeira mobilização popular.
"Nós pretendemos já, começar a trabalhar no Senado. Já o preparando para receber em maio o projeto. Então, teoricamente, é possível que ele seja aprovado antes das comissões partidárias do mês de junho. Mas o tempo cada vez fica mais estreito. Cada um dos nossos cidadãos e cidadãs, são convocados agora a se mobilizarem, manifestando pessoalmente e, se possivel, até publicamente, aos seus parlamentares, o que é desejo do povo", afirmou o bispo.
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