O vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Manaus (AM), Dom Luiz Soares Vieira, celebrou nesta quarta-feira, 1, seu jubileu de prata episcopal. Na véspera da ocasião, o bispo concedeu uma entrevista coletiva para falar de sua experiência pastoral no norte do país.
Ordenado bispo no dia 1º de julho de 1984, Dom Luiz assumiu como lema "Servir, não ser servido", e tem colocado o lema em prática em sua experiência pastoral no coração da Amazônia, que chamou de mudança de horizontes em sua vida. "Fui feito bispo para trabalhar na Amazônia, experiência que mudou para sempre meu modo de olhar e perceber o mundo", disse o arcebispo.
Dom Luiz também faz questão de dizer que teve sorte ao chegar na Amazônia e encontrar um "povo acolhedor", o mesmo que ele chama de "povo diferente" e um "bom clero".
"Ao chegar na Amazônia, há pouco mais de 20 anos, eu fui muito bem acolhido por um povo diferente, acolhedor. Os Amazônidas têm uma identidade peculiar porque, diferente do resto do Brasil, eles vivem mais o presente e não ligam tanto para o futuro. Já o clero, estava muito bem preparado quando eu cheguei. Um detalhe interessante é que só conheci a Amazônia dois dias antes de assumir a arquidiocese. Na minha visão [a Amazônia] é outro mundo, que precisa ser desenvolvido racionalmente, pois estamos à beira de mudanças climáticas. Esta região é um paradigma que se encaixa bem na Teologia da Criação e da Redenção. A Igreja tem um papel muito importante a desempenhar aqui", destacou.
Para o vice-presidente da CNBB, o maior desafio para o bispo, na atualidade, é pregar o Evangelho de modo que empolgue a juventude. Ele disse que busca encontrar esse meio todos os dias. "O grande desafio do pastor é pregar o Evangelho a essa vasta juventude de modo empolgante, para que se apaixone por Jesus. Os jovens de hoje estão à frente da sociedade, então temos que apostar. Eles precisam se entusiasmar com a figura de Jesus. Para isso, é preciso uma pregação diferenciada e direcionada".
Sobre o Ano Sacerdotal convocado pelo Papa Bento XVI, Dom Luiz afirma que chega em boa hora e que é uma responsabilidade não só dos padres, mas também dos leigos. "O povo tem que acolher o Ano Sacerdotal, pois o clero é responsabilidade de toda a Igreja. Precisamos de um reavivamento dos sacerdotes e, a exemplo de São João Maria Vianney, padroeiro dos padres, vivermos intensamente a comunidade".
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