Obesidade

A experiência de quem optou pela cirurgia para emagrecer

Regina Caçador fez jus ao sobrenome quando foi à luta contra a obesidade. Mas teve primeiro que ganhar coragem para enfrentar a mais radical de todas as atitudes: realizar uma cirurgia de redução de estômago (bariátrica). "Eu estava no meu limite. Ao final da consulta meu médico me informou: 'é fazer, ou fazer', justificou. Um ano e meio depois, Regina perdeu os 60 quilos que tanto precisava.

De acordo com o médico de Regina, o endocrinologista Dr. Edson Galvão, cirurgias como esta só devem ser realizadas em último caso. No entanto, ainda há outras opções para se perder peso, como a colocação do anel, que estrangula a entrada do estômago e dificulta a quantidade de alimentos, ou, para quem deseja reduzir peso sem cirurgia, o balão intragástrico, colocado dentro do estômago por meio de entubação e inflado por meio de uma válvula. A função do balão é a de ocupar os espaços do estômago e dar ao paciente a sensação de saciedade. Em todos os casos é preciso avaliar a necessidade de cada pessoa.

Segundo a psicóloga Sayma Aguiar Gama, o acompanhamento é importante depois de qualquer um dos tratamentos. "Muitas pessoas obesas receiam se sentir magras", afirma.

Embora esses tratamentos ofereçam retornos imediatos é preciso tomar muito cuidado com a alimentação, mesmo depois da cirurgia, pois o paciente corre o risco de voltar ao estágio anterior. O impacto mais imediato é a diminuição do consumo de alimentos.  "Se o paciente consumia três mil calorias por dia, ele passará a consumir mil e quinhentas", explica a nutricionista Cibele Aguiar Gama.

Gabriela viveu essa experiência. Fez a cirurgia bariátrica com 22 anos de idade e dois anos depois voltou a engordar de novo. "Tudo por falta de orientação médica", acusa. Hoje, aos 27 anos, ela já compreende a importância de incorporar frutas e legumes à dieta. "Se soubesse disso antes, não estaria hoje com o mesmo problema", lamenta.

A nova cesta básica de Gabriela agora é repleta de frutas, iogurtes (diet) e verduras. "De dois meses para cá perdi 10 quilos", afirma.

O médico Dr. Marcelo Sad Pereira revela que neste ano foi acesa uma nova luz para pessoas com o mesmo problema de Gabriela, "existe um tratamento feito a base de grampos que limitam o tamanho do estômago", conta o médico. Mas alerta que "é a última intervenção, não será possível fazer mais nada".

Esperança para Gabriela, sinal de alerta para Regina Caçador: permanecer atenta à alimentação correta para não se tornar presa fácil da frustração.

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