Depois das reações suscitadas pelo recente decreto da Congregação para os Bispos sobre os quatro prelados da Fraternidade S. Pio X e pelas declarações sobre o Holocausto feitas por um dos bispos, Dom Richard Williamson, a Secretaria de Estado divulgou uma nota para esclarecer o caso.
A Secretaria de Estado destaca que o decreto foi um ato com o qual Santo Padre foi ao encontro de inúmeros pedidos feitos pelo superior-geral da Fraternidade. Todavia, a revogação da excomunhão não mudou a situação jurídica da Fraternidade que, no momento atual, não goza de reconhecimento canônico. Além disso, os quatro bispos não têm qualquer função na Igreja e não exercitam licitamente um ministério no seu interior.
A nota precisa que para um futuro reconhecimento da Fraternidade S. Pio X é condição indispensável o pleno reconhecimento do Concílio Vaticano II e do magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI.
Quanto às posições de Dom Williamson sobre o Holocausto, a Secretaria de Estado afirma que são "absolutamente inaceitáveis e firmemente rejeitadas pelo Santo Padre", como ele mesmo reafirmou em 28 de janeiro passado, quando reiterou sua plena e indiscutível solidariedade para com os "nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança".
Além disso, para que suas funções episcopais sejam readmitidas na Igreja, o Bispo Williamson deverá se desassociar de modo absolutamente inequívoco e público de suas posições sobre o Holocausto, "desconhecidas pelo Santo Padre no momento em que decidiu revogar a excomunhão".
A Secretaria de Estado então conclui: "O Santo Padre pede a oração de todos os fiéis para que o Senhor ilumine o caminho da Igreja. Que cresça o amparo dos pastores e de todos os fiéis à delicada missão do Sucessor de Pedro como 'custódio da unidade na Igreja'".
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