O arcebispo de Montevidéu, Dom Nicolás Cotugno Fanizzi, afirmou hoje, 20, que concorda com todos os argumentos apresentados pelo presidente do país, Tabaré Vásquez, em sua decisão de vetar a descriminação do aborto, projeto de lei aprovado pelo Parlamento na semana passada.
Segundo o semanário Búsqueda, Dom Cotugno explicou, em recente reunião com catequistas, que o fundamento da oposição de Vásquez à reforma da Lei de Saúde, que contempla o aborto até a 12ª semana de gestação, em determinadas circunstâncias, é tão coerente, que "poderia receber o aval da Pontifícia Academia para a Vida".
As declarações do arcebispo vieram a público, horas antes que o Parlamento se reunisse em assembléia geral, para deliberar se mantém ou suspende o veto do presidente Tabaré Vásquez à lei, aprovada pelo Senado e pela Câmara de Deputados, que deixa de considerar o aborto como um crime, em circunstâncias mais ampliadas.
Em sua argumentação para defender o veto, Tabaré Vásquez afirma que "a legislação não pode desconhecer a realidade da existência da vida humana, em cada etapa da gestação" e que "o verdadeiro grau de civilização de uma nação se mede pelo modo como ela protege os mais fracos e desprotegidos".
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