Na manhã de hoje, 5º dia do XXIII Encontro da Sociedade Brasileira de Canonistas e XXV Encontro dos Servidores de Tribunais Eclesiásticos, que acontece em São José do Rio Preto (SP), o doutor em teologia, Padre Dr. Tarcísio Nascentes dos Santos, em suas duas palestras, falou sobre celibato. Em suas palavras, remetou ao apóstolo Paulo: "O celibato nos deixa mais livres para as coisas do Senhor".
Em entrevistas ao noticias.cancaonova.com, Padre Tarcísio falou do Papa João Paulo II, que, no início de seu pontificado, dedicou uma série de Catequeses sobre o sentido do amor humano no Plano de Deus. "O Papa falava quanto a dimensão esponsal do corpo, tanto no matrimônio quanto no celibato. O ser humano é chamado a ser dom para o outro. Em ambos estados de vida vamos expressar dimensão profunda do ser homem, ser dom e dádiva para os outros", disse fazendo memória às Palavras do santo Padre.
Padre Tarcísio assinalou: "Pelo celibato alguém renuncia o matrimônio porque se sente vocacionado, sente ter recebido um dom de Deus para uma dedicação mais plena, indivisa". Ele valorizou também o matrimônio, ressaltando que numa perspectiva cristã, este sacramento é expressão de uma opção pelo Reino.
Defendendo o celibato no sacerdócio, concluiu: "A Igreja, percebendo a proximidade do celibato e da vocação sacerdotal, aponta como razões que justificam esta aproximação a de ser 'testemunho para os homens de hoje numa realidade que será vivida por todos numa face a face por Deus'. A Igreja vê a conveniência do celibato unido ao sacerdócio por esse amor indiviso. O homem celibatário estaria mais livre para uma dedicação plena e total pelo Reino e pelo povo de Deus. E dedicação total não é só no sentido de tempo, mas no sentido indiviso, para amar mais a Deus".
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