Foi aprovada, na tarde desta quinta-feira, 29, pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a constitucionalidade da lei que autoriza o uso de células-tronco de embriões em pesquisas científicas. O último a falar foi o presidente da casa, Gilmar Mendes. Ele votou contra a continuidade das pesquisas. Mesmo assim, com diferença de um voto, as pesquisas com células-tronco poderão ser retomadas. O placar ficou em 6 a 5 a favor da manipulação das células embrionárias.
O julgamento começou com uma rápida mudança no placar. O ministro do STF, Cezar Peluso, pediu desculpas e explicou seu voto de quarta-feira, 28. Em seguida, houve um grande debate entre ministros que já haviam declarado voto.
Iniciando a leitura dos votos, o ministro Marco Aurélio Melo defendeu as pesquisas. Celso de Mello também foi ferrenho na sua leitura e criticou a Igreja que tomou posição contrária.
A Suprema Corte decidiu pelas pesquisas que, segundo os cientistas, terão possibilidade de avançar no Brasil. Entretanto, quem defende o uso de células-tronco embrionárias, também deixa claro que os que vêem uma esperança de cura para doenças degenerativas também vão ter que aguardar resultados positivos.
Para quem defende a vida, começa uma campanha de doar embriões congelados para os pais que não podem engravidar.
A CNBB, na voz do secretário-geral, Dom Dimas Lara Barbosa, lamentou a decisão dos minitros.
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