Educação

Igreja e família têm papel fundamental na educação, diz ministro

O ministro da Educação, Fernando Haddad, solicitou hoje à CNBB apoio na mobilização das famílias no que se refere à educação.

"O sucesso da educação depende de alguns ingredientes como recursos, boa formação de professores, boa capacidade de gestão, avaliação periódica, publicidade dos indicadores de responsabilização. Porém, precisamos também de uma mobilização da sociedade pela educação", afirmou. Para o ministro, não se pode falar em autonomia individual sem falar em educação e a mobilização é o "ingrediente central do processo", acrescentou.

O pedido foi feito durante a reunião do Conselho Episcopal Pastoral, que reúne a Presidência da CNBB e os presidentes das dez comissões episcopais pastorais, bem como os assessores da Conferência.

Haddad apresentou aos religiosos o Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado em abril de 2006. Segundo o ministro, "pela primeira vez o Ministério conseguiu transformar o que era política de Governo em política de Estado", pois se trata de um plano com muitas metas a serem alcançadas até 2022.

De acordo com Haddad, muitas dessas metas dependem do próprio Ministério, entretanto, "a sociedade em geral e a Igreja têm um papel muito importante a desempenhar".

A idéia é, sobretudo, mobilizar parte da população desassistida, para que tomem consciência e cobrem seus direitos, como o de educar os filhos. "Nosso desafio é garantir qualidade com equidade e alçar à parte desassistida a condição de protagonista da mudança", disse o ministro.

"Queremos, da melhor forma possível, contribuir com os familiares na melhoria da qualidade da educação", afirmou o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, manifestando o apoio da CNBB à iniciativa.

Porém, os bispos presentes ao debate cobraram do ministro questões como a precariedade do transporte escolar e a falta de valorização da profissão de professor. Por outro lado, ressaltaram também experiências positivas, como as do Oeste do Pará, em que das três escolas do Estado que tiveram os melhores índices de desenvolvimento de educação básica, duas eram de Santarém. Segundo o bispo de Santarém, Dom Esmeraldo Barreto, uma das justificativas se dá devido à valorização e participação das famílias no que se refere à educação. Além disso, de acordo com o bispo, a escola procura dar importância ao aspecto técnico da aprendizagem, mas sobretudo motiva os alunos a descobrirem o valor da vida.

Ao final do encontro, Dom Dimas Lara entregou ao ministro as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e  disse que a CNBB se coloca à disposição nesse trabalho de conscientização e mobilização das famílias sobre a educação.

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