Dalai Lama pediu hoje, 16, uma investigação sobre a dura resposta da China aos protestos no Tibet, questionando se foi um "genocídio cultura" intencional.
As declarações do líder espiritual do Tibet foram feitas no momento em que a polícia e tropas fecharam Lhasa, capital do Tibet, dois dias após protestos de rua contra o controle chinês, que segundo o governo exilado da região matou 80 pessoas.
"Se o governo chinês admite ou não, há um problema. O problema é que o país com herança cultural antiga está enfrentando perigos sérios", disse ele em entrevista à imprensa em sua base em Dharamsala, no norte da Índia.
"Seja intencional ou não, em algum lugar o genocídio cultural está acontecendo", disse ele, afirmando que quer uma investigação sobre os confrontos.
Dalai Lama, afirmando que se sente "desamparado", disse ainda que a comunidade internacional tem a "responsabilidade moral" de lembrar a China que ela seja uma boa anfitriã para os Jogos Olímpicos. Ele afirmou que a China deve receber os Jogos.
O Ministério das Relações Exteriores chinês não comentou imediatamente as declarações dele.
Os monges foram às ruas do Tibet pela primeira vez na segunda-feira passada, para marcar o 49o aniversário de um levante, e os protestos logo se espalharam para outras regiões.
A China afirmou que ao menos 10 "civis inocentes" morreram, a maioria em incêndios provocados por manifestantes em Lhasa na sexta-feira.