Todos sabem que falar de comunicação é hoje falar de redes. Poucos sabem, porém, que a Igreja foi pioneira no campo das redes informáticas com a chamada RIIAL, rede informática da Igreja na América Latina. Alguns membros desta rede e especialistas em comunicação compartilham os conhecimento acerca desta realidade que foi tema de uma recente tese doutoral de Leticia Soberón, oficial do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, na Pontifícia Universidade Gregoriana.
A comunicação e a comunhão não são uma via automática, afirma a oficial do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, doutora Leticia Soberón: "Ser rede na Igreja é participar de uma profunda experiência de comunhão e a comunhão entre todas as pessoas que se querem em Cristo e que querem servir a mesma Igreja e o mundo. Uma comunicação que escolhe aceitar o outro, escutar o outro e acolhe-lo em sua realidade. Então, digamos, participar com esse "plus" de liberdade, agregada para aceitar o outro e ser acolhido, isso faz comunhão".
Monsenhor Enrique Planas, fundador da RIIAL e coordenador-geral de H2onews, explica que a comunhão e a rede na Igreja formam parte de sua própria estrutura: "A Igreja em sua própria identidade, em seu DNA, pois leva em si o conceito de rede, porque leva o conceito de comunhão que seria o objeto da rede por excelência".
O subsecretário do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, doutor Angelo Scelzo, garante que "a comunicação deve ser comunhão": "A comunicação deve ser antes de mais nada comunhão, do contrário, é um fato meramente técnico, um fato que põe em relação o homem sem aprofundar. Nós queremos que se evite precisamente isso, queremos que a comunicação seja um valor em si mesmo, que se torne um fato de comunhão e que englobe os interesses do homem em profundidade".