Aproximadamente 79 milhões de brasieliros, quase 42% da população, compram produtos piratas. Desse total, 93% justificam as suas aquisições devido ao baixo preço dessas mercadorias. Os prejuízos provocados por este tipo de prática refletem diretamente na geração de empregos.
Entre outros motivos para a escolha de produtos falsificados estão: a facilidade para encontrar esse itens e a oferta do mercado antes dos originais. Os dados fazem parte do levantamento nacional “O consumo dos produtos piratas do Brasil”, realizado pela Fecomércio de São Paulo.
De acordo com a pesquisa, o ranking dos produtos piratas mais consumidos é liderado com folga por CDs, adquiridos por 61,5% dos consumidores que compram no mercado informal. Em seguida aparecem itens como: Aparelhos Eletro-Eletrônicos, Aparelhos de Som e Imagem e DVDs. "Como os camelôs não emitem nota fiscal e não pagam tributos, claro que os produtos serão mais baratos. No entanto, não há garantia nenhuma, nem da procedência nem da qualidade do que está sendo comprado", explica a assessora economica da Federação do Comércio (Fecomércio), Kelly Carvalho.
Se por um lado há um grande contingente de pessoas que consomem no mercado informal, 40% dos entrevistados afirmam não comprar piratas. Os preços mais baixos foram o principal motivo alegado por 84% dos entrevistados para a compra dos produtos piratas, enquanto 15,3% deles afirmaram que preferem o comércio ilegal por conta da comodidade, como o fácil acesso em adquiri-los.
Quando indagado sobre o valor de um produto pirateado, 80% acham que o valor corresponde a menos da metade do preço de um produto original e 15,3% acham que correspondem a metade do valor original. Para 33,7% o valor médio mensal gasto com produtos piratas é de R$ 10 a R$ 30, enquanto 30% gastam menos de R$ 10 e 13,9% consomem entre R$ 30 e R$ 40. "Se as pessoas tivessem noção de que cerca de dois milhões de pessoas perdem seus empregos por conta dos produtos piratas, talvéz o consumo caisse um pouco", finaliza Kelly.