Ao final da Audiênica Geral desta quarta-feira, 6, o papa Bento XVI deixou um forte apelo em favor das populações do Chade, pedindo o fim da violência e assistência humanitária para os afetados pelos confrontos na capital N´Djamena.
“Dirijo um forte apelo a depor as armas e percorrer a via do diálogo e da reconciliação”, disse Bento XVI, e continuou “Nestes dias estou particularmente próximo das queridas populações do Chade, envolvidas em dolorosas lutas internas, que causaram numerosas vítimas e a fuga de milhares de civis da Capital”.
Apelando à oração e solidariedade dos católicos para com “estes irmãos e irmãs que sofrem”, Bento XVI pediu que sejam evitadas “novas violências e seja assegurada a necessária assistência humanitária”.
Os combates entre os rebeldes e as tropas governamentais chadianas provocaram um número ainda indeterminado de mortos nas ruas de N´Djamena, mas que o Comité Internacional da Cruz Vermelha calcula serem da ordem das centenas, além das dezenas de milhar de chadianos que procuraram refúgio nos Camarões e Nigéria.
Após a Audiência, o Papa encontrou-se com Yolanda Pulecio, mãe de Ingrid Betancourt, uma das mais conhecidas reféns das FARC, guerrilha colombiana.
Domingo passado, o Papa havia pedido oração pelos “filhos e filhas” da Colômbia, que “sofrem a extorsão, o sequestro e a perda violenta dos seus entes queridos”.
"Peço ao Senhor que se ponha definitivamente termo a esse sofrimento desumano e se encontrem caminhos de reconciliação, respeito mútuo e concórdia sincera, restaurando-se assim a fraternidade e a solidariedade, que são as bases sólidas para alcançar o justo progresso e construir uma paz estável”, indicou Bento XVI.