A partir de 11 de fevereiro os motoqueiros não poderão utilizar as vias expressas das marginais Tietê e Pinheiros, em São Paulo.
A medida está causando polêmica e pode trazer prejuízos para as empresas que trabalham com moto-frete.
As motos representam, hoje, 9% de toda a frota da capital paulista e respondem por 25% dos acidentes.
Esta estatística preocupa porque pelo menos um motoqueiro perde a vida por dia nestes acidentes e outros 25 são socorridos em estado grave.
Segundo levantamento da Secretaria Municipal dos Transportes, dos 150 mil motoqueiros que rodam pelas ruas da capital, apenas 3,5 mil são cadastrados e regularizados. E essa informalidade pode ser uma das grandes causas de acidentes.
Wander Antonio de Souza, dono de uma empresa de moto-frete afirma que uma fiscalização maior nestas empresas e um treinamento adequado para os motoboys poderia reduzir o número de ocorrências.
Independente da polêmica, a prefeitura de São Paulo decidiu fazer com que dois dos principais corredores de tráfego restringisse o tráfego de motos. Um dos problemas é que o acesso para algumas rodovias só é feito por estas pistas.
Por elas passam diariamente, nos horários de pico, cerca de 2 mil motocicletas e, por isso, a associação que representa a categoria pretende entrar com uma ação na justiça impedindo a nova determinação.
Em 2006, a média de acidentes envolvendo motoqueiros nas marginais era de 62 ocorrências com vítimas por dia. Em 2007 este número subiu para 72. A Associação Brasileira de Motociclista (ABM), no entanto, afirma que esta medida não vai reduzir os acidentes nestas vias.
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