Decisão pobre e imoral

Cardeal Medina reprova intenção do Governo de distribuir pílula do Dia Seguinte

Fonte ACI Digital

O Prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Jorge Medina Estévez, reprovou a decisão do Governo chileno de distribuir a pílula do Dia Seguinte a adolescentes de 14 anos sem necessidade de receita médica e sem consentimento de seus pais.

Em diálogo com a imprensa local, o Cardeal criticou a medida implementada pelo Ministério de Saúde que, segundo sua titular María Soledad Barria, busca reduzir a gravidez em adolescentes e as doenças sexualmente transmissíveis.

“Se a pílula é consumida for usada com o propósito de eliminar uma gravidez, portanto, é abortiva”, assinalou. Neste sentido, disse que o caminho empreendido pelo Governo não é o correto e que o adequado é educar aos jovens sobre o valor da sexualidade e como deve ser exercitada.

Lembrou que “não se pode rebater algo incorreto utilizando um igual, por pequeno que seja o que o concebido, já que isso seria um crime nefasto”. Acrescentou que esta medida “incentivará a promiscuidade sexual que deve ser contida. Quando os jovens de 15 anos de idade têm relações não é um ato de amor, mas sim de egoísmo”.

Do mesmo modo, disse que “um ato infame como a violação” não pode ser remediado com outra ação infame como é o aborto. O Cardeal Medina disse que enviou à Presidenta Michelle Bachelet um documento que prova a condição abortiva da pílula. Entretanto, ainda não recebeu resposta.

Por outro lado, o Bispo Auxiliar de Santiago, Dom Fernando Chomalí, classificou de pobre e imoral a “solução” anunciada pelo Ministério de Saúde para frear a gravidez adolescente. Em declarações à imprensa local, assinalou que mais que distribuir pílulas, “o tema de fundo é (refletir sobre) o tipo de sociedade que queremos propor”.

O Prelado advertiu que o alto número de gravidez em menores e de transmissão de doenças sexuais não se combatem “com um preservativo ou uma pílula anticoncepcional”.

Lembrou que o Postinor 2 é um abortivo porque “os instrutivos do mesmo fármaco (…) dizem claramente que se pode impedir a nidação, o qual é claramente um aborto”.

Os pronunciamentos da Igreja no Chile sobre este tema se encontram em: http://www.iglesia.cl.

Mais informação sobre o Postinor 2 e seu possível terceiro efeito, impedir que o óvulo fecundado anide no útero, em http://www.tercerefecto.com.

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