Antes da recitação do Ângelus deste terceiro Domingo do Advento, Bento XVI chamou a atenção para as falsas seduções e os perigos ínsitos na procura de felicidade finalizada a si mesmo.
“A alegria entra no coração de quem se coloca ao serviço dos pequenos e dos pobres – disse o Papa aos cerca de 40 mil fiéis congregados na Praça de São Pedro . Em quem ama assim, Deus coloca a sua demora, e a alma está na alegria. Se ao contrário se transforma a felicidade num ídolo – erra-se o caminho e é verdadeiramente difícil encontrar a alegria de que fala Jesus.
É esta, infelizmente – salientou depois o Papa – a proposta das culturas que colocam a felicidade individual no lugar de Deus, mentalidade que encontra um seu efeito emblemático na procura do prazer a todo o custo, na difusão do uso de drogas como fuga, como refugio em paraísos artificiais, que se revelam depois completamente ilusórios.
Mas é possível encontrar ainda hoje a alegria de que fala Jesus? A resposta – disse Bento XVI – é dada com a vida, por homens e mulheres de todas as idades e condições sociais, felizes de consagrar a sua existência aos outros. E indicou aos fiéis o exemplo de Madre Teresa que, no nosso tempo, foi uma testemunha inesquecível da verdadeira alegria evangélica.
“Vivia quotidianamente – recordou – em contacto com a miséria, a degradação humana, a morte. A sua alma conheceu a provação da noite escura da fé, contudo ofereceu a todos o sorriso de Deus”.
A este propósito o Papa recordou algumas palavras de um escrito da fundadora das Missionárias da Caridade proclamada beata por João Paulo II: “Nós esperamos com impaciência o paraíso, onde está Deus, mas é nosso poder estar no paraíso desde que estamos nesta terra, a partir deste momento. Ser felizes com Deus significa: amar como Ele, ajudar como Ele dar como Ele, servir como Ele.
“A Virgem Maria ajude todos os cristãos e os homens que procuram a Deus a chegarem a Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a felicidade de todos os homens", concluiu o papa.
