Levantamento realizado pela Fecomércio mostra que o brasileiro vai investir o décimo terceiro salário na quitação de dívidas e ao invés de comprar vários presentes a opção será por reformar e mobiliar a casa. A árvore de natal até mudou de cor e para chamar a atenção, este ano elas são pretas e rosa com preços que podem chegar a r$ 1,2 mil. Os enfeites também são diferenciados e as guirlandas variam entre r$ 2,35 e r$ 57 reais.
Tudo isso para deixar a casa preparada e enfeitada enquanto que pelas ruas o que mais se vê, faltando 17 dias para o natal, é de gente correndo com sacolas para garantir o melhor preço.
Para os comerciantes, as vendas deste ano devem ser oito por cento a mais do que no ano passado. "nós acreditamos que as vendas deste ano serão em torno 8% a mais do que registramos no ano passado. por outro lado, o trabalhador continua ganhando praticamente a mesma coisa mas o poder de compra dele aumentou", explica o comerciante Pierre Sarruf, proprietário de uma loja na região da rua 25 de março, tradicional centro de comércio de São Paulo.
Por outro lado o setor que deve registrar aumento nas vendas de natal é o de eletroeletronicos e eletrodomésticos. Em relação ao ano passado, as vendas devem crescer 22%. Com a chegada da TV digital, a procura pelos decodificadores e televisores de LCD e plasma vai impulsionar o faturamento das empresas. Mas, antes de fazer a compra de um produto com valor elevado, o consumidor deve ficar atento: "é preciso que o consumidor se planeje e pesquise bastante o preço da mercadoria antes de fechar negócio. ele não pode se esquecer de pedir desconto se o pagamento for a vista e levar em conta que no começo do ano vencem vários impostos e é bom guardar um pouco do décimo terceiro salário para o pagamento destas despesas", explica a assessora econômica da Fecormércio, kelly Carvalho.
Dois pontos foram fundamentais para que as vendas deste ano fossem maiores do que as de 2006; o crescimento da renda e do emprego e as facilidades para a obtenção de financiamento.
As operações de crédito para pessoas físicas devem chegar a R$ 550 Bi, cerca de r$ 60 bi a mais do que no ano passado. mas estas facilidades também podem fazer com que o consumidor caia no velho problema de gastar mais do que ganha. "por isso a pessoa tem de se planejar. segundo o nosso levantamento, 32% dos entrevistados disseram que pretendem usar a primeira parcela do 13º salário para regularizar o crédito e assim, ficar habilitado para fazer compras a prazo", exclarece kelly.
