Adiar a resolução no conflito israel-palestina é equivalente a perpetuar uma injustiça. A denúncia foi apontada pelo Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Dom Celestino Migliore, que afirmou que a instabilidade no Oriente Médio não pode ser ignorada, atribuindo a responsabilidade de resolver a crise à comunidade internacional.
Dom Celestino Migliore apontou o contributo que as diferentes confissões religiosas da Terra Santa podem dar, para a solução do conflito.
A propósito dos imigrantes constatou, com pesar que, muitas vezes, a situação dos refugiados não é bem definida. Por isso, é necessário garantir instrumentos legais que protejam as pessoas que se vêem forçadas a abandonar a própria terra por causa de guerras, pobreza ou desastres naturais. Sejam elas "refugiados ou migrantes sem documentos", mas a dignidade humana "deve ser sempre preservada".
O Observador Permanente da Santa Sé na ONU pediu mais empenho por parte da comunidade internacional, para acolher os refugiados e deslocados no Iraque.
No centro do seu discurso, esteve também o deslocamento dos refugiados do Congo, Chade, Darfur, Afeganistão e Iraque. Dom Celestino Migliore quis chamar a atenção sobre o drama dos refugiados, vítimas de ataques violentos baseados em crenças políticas ou religiosas. "É o maior êxodo dos últimos anos".
Recordou que as agências das Nações Unidas para os refugiados tem um papel fundamental, "através do qual a comunidade internacional pode proteger os que são forçados a sair das suas casas".
Os estados têm o dever de apoiar "financeiramente" estas situações, apontou o Observador Permanente da Santa Sé na ONU que acrescentou ser urgente pensar numa "coordenação internacional", especificamente apostando na adoção de "instrumentos legais".
A dignidade dos refugiados não pode ser posta em causa, "violada ou ignorada", pois a sua liberdade e direitos "são cimeiros a qualquer consideração legal ou política".