A nova presidência do CELAM está fazendo sua primeira visita ao Vaticano durante estes dias. Nos encontros com a Cúria Romana, tem encontrado apoio e solidariedade diante dos conflitos na Venezuela.
"A Igreja na Venezuela não se intimida com as acusações de Hugo Chávez", declarou hoje o vice-presidente do CELAM que está em Roma para a visita oficial ao Vaticano.
Dom Baltazar Porras, vice-presidente do CELAM, afirmou que durantes estes dias tem recebido muitas manifestações de solidariedade à Igreja da Venezuela, por parte da Cúria Romana e Conferências Episcopais, como a do Brasil que enviou uma mensagem de apoio.
Segundo o arcebispo de Mérida, "todos estão muito preocupados com a situação, que vai além daquilo que se pode ver pelos meios de comunicação".
Dom Baltazar afirma que "além do problema da nova constituição a ser implantada, os problemas sociais são urgentes, como a pobreza e o desemprego. Tudo somado as repressões daqueles que se declaram contra a reforma".
"A repressão policial nos últimos dias tem sido muito grande, principalmente contra os estudantes e todos aqueles que não estão de acordo com as propostas do governo. São tratados como traidores, vendidos ao império, e não podem nem mesmo levar o nome de Venezuelanos", destacou o arcebispo.
Na próxima sexta-feira está previsto um encontro entre Bento XVI e a presidência do CELAM. Entre os assuntos a serem tratados estará a situação da Igreja na Venezuela. Dom Baltazar afirma que durante o encontro com o Pontifice o assunto será recordado, pois a tensão cresce no país.
"Tudo está muito público, o conflito está cada vez maior. Não se trata de uma reforma na constituição, mas de um novo modelo de Estado que pretende limitar a liberdade e centralizar o poder. Querem criar um governo socialista, que exclui os venezuelanos que pensam diferente", alertou Dom Baltazar.