A Santa Sé propôs à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) educar na dimensão religiosa.
O porta-voz da proposta foi Dom Franceso Follo, que tomou a palavra na abertura da 34ª conferência que se celebra a instituição, de 16 de outubro até 3 de novembro, em Paris.
O representante papal sublinhou a urgência de "educar o homem moderno no reconhecimento da dimensão religiosa, como realidade não só universal, mas também social, e como elemento fundamental da edificação e do amadurecimento das pessoas".
"Existem certos princípios fundamentais de caráter moral e religioso que constituem o patrimônio de todos os povos e que são fundamento da vida em comum, para poder construir uma verdadeira ordem social e mundial de justiça e de paz", afirmou.
O desenvolvimento integral das pessoas e dos povos não pode limitar-se aos conceitos científicos e econômicos, alertou, indicando a importância da liberdade religiosa para o desenvolvimento de "uma cultura de paz e de fraternidade entre os povos".
O observador permanente da Santa Sé ante a UNESCO concluiu sua intervenção citando João Paulo II, que dizia: "O futuro do homem depende da cultura", e acrescentou: "também o porvir do planeta depende da cultura".