Unesco

Palácio de Venaria passa a integrar lista de Patrimônio mundial

Na Itália, um dos maiores projetos culturais da Europa proporcionou a restauração de um palácio real que estava quase esquecido. Agora ele abriu suas portas ao público.

O palácio de Venaria Reale foi no passado o orgulho da província de Turim, no norte da Itália. Era a antiga residência da família real italiana Sabóia e foi construída pelo Duque de Sabóia no século XVII, e alargado no século XVIII.

Diz a história que o rei francês Luís XIV construiu o seu palácio em Versalhes, em resposta à grandeza do Venaria Reale. Mas o destino do palácio de Turim seria traumático. Era usado frequentemente nos combates entre franceses e a família de Sabóia. E depois da II Guerra Mundial, caiu completamente em desuso, e então o complexo foi abandonado pelos militares que o utilizavam como quartel. Vândalos retiraram o mármore e o estuque da decoração.

Alberto Vanelli, diretor de Patrimônio Cultural da Região do Piemonte, que supervisionou a restauração do palácio, disse que "o monumento estava em péssimas condições".

Mas em 1997 responsáveis regionais e provinciais, juntamente com um grupo de historiadores e artistas concordaram em investir 240 milhões de euros na restauração do edifício. Cada sala foi cuidadosamente restaurada, utilizando equipamentos modernos, a fim de ser, ao máximo, fiel à história.

Hoje é possivel admirar a decoração da Grande Galeria, uma sala de recepção em afrescos dedicada à deusa romana Diana e descrita como uma das mais belas salas do mundo.

O palácio abrange um complexo de 80 mil metros quadrados. O rei Vittorio Emanuele II ordenou que Venaria fosse semelhante a Versalhes. Portanto, há uma forte ligação. Uma outra ligação é a sua enorme dimensão: Venaria tem 120 mil metros quadrados de pisos, 80 hectares de jardins, 3 mil hectares de parque.

Ele é certamente um dos maiores complexos monumentais do mundo. Certamente, os anos de solidão de Venaria parecem ter chegado ao fim. O palácio passou a integrar a Lista do Património Mundial da UNESCO e as autoridades de Turim esperam um milhão de visitantes até 2011.

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