Bento XVI

Livro "Jesus de Nazaré" alcança dois milhões de cópias

O livro "Jesus de Nazaré", de Bento XVI, alcançou dois milhões de cópias vendidas, com 15 edições em várias línguas. Com esse extraordinário sucesso editorial, a Livraria Editora Vaticana (LEV), se prepara para participar da Feira Internacional do Livro, de 10 a 14 deste mês, em Frankfurt, na Alemanha.

A participação deste ano é relevante tanto porque no mesmo estande denominado Vatican City State se encontrarão os Museus Vaticanos, a Biblioteca Apostólica Vaticana, quanto pela qualidade da oferta. No renovado estande de representação, a Livraria Editora Vaticana apresentará toda a sua mais recente produção de livros, da qual emerge particularmente a abundante expressão do magistério de Bento XVI.

Além disso, nos mais de 50 encontros agendados com editores, serão apresentados, entre outros, alguns novos volumes de notável interesse, como a "Enciclopédia da Oração", "A Sistina revelada", "O Perdão", "Agostino Gemelli". O diretor e o responsável editorial, respectivamente, Padre Giuseppe Costa – salesiano, e Frei Edmondo Caruana – carmelita, e membros dos diversos departamentos da Casa Editora Vaticana, estarão à disposição dos editores e dos visitantes.

Jesus de Nazaré

Já no prefácio do livro, o Papa diz que o livro "não é, em absoluto, uma obra magisterial, mas unicamente a expressão da minha pesquisa pessoal da face do Senhor". Por isso, assegura Bento XVI, o objetivo é "tentar apresentar o Jesus dos Evangelhos como o verdadeiro Jesus, como o Jesus histórico no verdadeiro sentido da expressão".

"O ensinamento de Jesus não provém de uma aprendizagem humana, qualquer que seja. Vem do contato imediato com o Pai, do diálogo cara a cara, do ver aquilo que está no coração do Pai. É Palavra de Filho. Sem este fundamento interior, seria temerariedade", escreve.

Bento XVI cita autores da sua juventude, como Karl Adam, Romano Guardini, Franz Michel Willam, Giovanni Papini, Jean Daniel-Rops. Estes publicaram textos em que a imagem de Jesus "é delineada a partir dos Evangelhos: como Ele viveu na Terra e como, apesar de ser inteiramente homem, trouxe ao mesmo tempo Deus aos homens, com o qual, enquanto Filho, era só uma coisa".

"Assim – explica o Papa – através do homem Jesus, torna-se visível Deus e, a partir de Deus, pode ver-se a imagem do homem justo".

A obra lembra que, na investigação recente, "o fosso entre o Jesus histórico e o Cristo da Fé se torna cada vez maior". "Os progressos da pesquisa histórico-crítica conduziram a distinções, cada vez mais sutis, entre os diversos estratos da tradição", assinala o Papa, "e a figura de Jesus, sobre a qual se apoia a fé, torna-se cada vez mais incerta, toma contornos cada vez menos definidos".

Neste contexto, Bento XVI quer apresentar uma interpretação a partir dos Evangelhos, com a consciência de que "esta figura é muito mais lógica e mais compreensível, do ponto de vista histórico, do que as reconstruções com as quais nos confrontaos ao longo das últimas décadas".

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