Um dos maiores escândalos da história política do Brasil, está em julgamento no Supremo Tribunal Federal a partir desta quarta-feira, 22. O esquema do mensalão que estourou no Palácio do Planalto há, aproximadamente, dois anos entra novamente em cena; só que desta vez na pauta do STF que pretende punir os envolvidos.
Tudo começou em 2005, quando o chefe de uma seção dos Correios, Maurício Marinho, foi flagrado em um vídeo recebendo propina. Ele era indicado pelo então deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, que rompeu com o Planalto em meio à denúncia de corrupção nos Correios. Foi ele que no dia 17 de maio do mesmo ano acusou o PT de montar o esquema do mensalão, onde deputados recebiam dinheiro para aprovar projetos do governo.
Em meio à denúncia, alguns dos braços fortes da presidência da república, além de representantes do PT foram apontados como articuladores do esquema. O resultado foi um efeito dominó que culminou na saída do ministro chefe da casa civil José Dirceu e logo em seguida do ministro da Fazenda Antonio Palloci, na cassação de dois deputados e o afastamento de dois grandes representantes do partido dos trabalhadores, José Genuíno e Delúbio Soares.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em meio à crise política passou a se pronunciar sobre o assunto, já que se cogitava, inclusive a possibilidade de um impeachment.
Empresas de publicidade de propriedade do lobista Marcos Valério foram apontadas como arrecadadoras do dinheiro que vinha de negócios com o governo. PSDB E PFL criam um CPI para investigar o chamado valerioduto. Por fim o escândalo também atingiu o ex-ministro da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, e o publicitário da campanha de Lula, Duda Mendonça.