Após três anos e quatro meses de presença missionária na comunidade de Laléia, em Timor Leste, Ir. Maria Nieta Oliveira retorna ao Brasil. A informação é da assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação Inter-Eclesial, Ir. Márian Ambrósio, que desde o dia 22 de julho encontra-se em Timor.
No último domingo, 29, aconteceu uma celebração eucarística de envio da Ir. Nieta ao Brasil. A religiosa também recebeu uma homenagem da comunidade de Laléia e das regiões próximas. Ir. Nieta fez um apelo em favor da paz, em um momento em que o povo timorense experimenta mais uma vez os conflitos resultantes da instabilidade política que perdura no país.
Ir. Nieta, nos últimos anos, coordenou a Pastoral da Criança na diocese de Bacau, dedicando-se à capacitação de líderes e à formação e acompanhamento de um grupo de adolescentes.
O Projeto Missionário de Solidariedade entre as Igrejas do Brasil e Timor Leste mantém atualmente sete missionárias em três residências: em Laléia, aldeia situada no litoral, com sete anos de existência. Trata-se do centro e referência do Projeto Missionário de Solidariedade. A outra residência fica Laclubar, aldeia situada na montanha, perto do monte sagrado Maumere.
Esta comunidade existe há quatro anos. Nela, as religiosas dirigem uma escola de ensino médio. A terceira comunidade fica na periferia de Dili, onde são acolhidas as missionárias que chegam em Timor em busca de comunicação com as famílias e as comunidades.
De acordo com Ir. Márian Ambrósio, as três comunidades têm como prioridade a formação e capacitação de lideranças. Elas desenvolvem também atividades nas áreas de saúde, educação, geral de renda, entre outras.
Geralmente, as missionárias permanecem no Timor por três anos. Recentemente foram enviadas duas missionárias, Ir. Marlente Oliveira e Ir. Maria Helena Barbosa, que viajaram no dia 18 de julho. Nestes dias, as missionárias participam de um retiro espiritual. Em seguida, farão um planejamento conjunto do projeto.
Segundo Ir. Márian, o “Timor Leste encontra-se numa fase de consolidação da democracia, o que gera insegurança nas pessoas, devido à lentidão do processo político a partir de uma nova visão”.
No dia 29, foi eleito o primeiro ministro integrante de um partido intermediário entre o radicalismo existente entre a situação (presidente do partido de Xanana Gusmão) e a oposição (sob a liderança de Mari Alcatiri, atual crítico de Xanana Gusmão). As eleições ocorreram de “forma pacífica e tranqüila”, afirma a religiosa.
Para Ir. Márian, que realiza sua quarta visita a Timor, “há uma intensa atividade no país, como melhoria da estrada, reforma em prédios queimados, implantação de rede elétrica, torres de telefonia celular, ampliação de estudos universitários, televisão local funcionando, jornais sendo vendidos. É um prazer estar em Laléia e ter luz elétrica entre 18h e 24h noite, por exemplo”, relata a religiosa, que estará de volta ao Brasil no dia 16 de agosto.
Projeto Missionário de Solidariedade
O Projeto Missionário de Solidariedade entre Igrejas do Brasil e Timor Leste existe há mais seis anos. Desde o início, em 1999, foram enviadas cerca de 16 missionárias a Timor.
Com o objetivo de sustentar este Projeto Missionário de Solidariedade, a CNBB lançou no dia 20 de maio uma coleta nacional. Entretanto, a conta permanece aberta, para aqueles que desejam colaborar com qualquer valor, engajando-se nesta “corajosa iniciativa missionária da Igreja do Brasil”, informa Ir. Márian.
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