Bento XVI condenou duramente a morte de 11 deputados estaduais colombianos, mantidos em cativeiro nos últimos cinco anos, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), definindo o ato como "bárbaro assassinato".
"Da Colômbia chega-nos a triste notícia do bárbaro assassinato de 11 deputados estaduais, do departamento do Vale do Cauca, que se encontravam, há mais de 5 anos, nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)", referiu, após a recitação do Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano.
"Enquanto elevo orações em sufrágio pelas suas almas, uno-e à profunda dor dos familiares e da amada nação colombiana, uma vez mais enlutada pelo ódio fratricida", acrescentou. O Papa já tinha manifestado condolências aos familiares dos 11 deputados colombianos, por meio de um telegrama assinado pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone.
Os 11 deputados, sequestrados desde Abril de 2002, morreram no dia 18 de Junho, segundo as FARC, que atribuem a morte dos políticos a um fogo cruzado durante um ataque de um "grupo militar" contra o acampamento onde estavam os reféns.
O governo acusou a guerrilha de ter organizado o assassinato premeditado dos reféns, e garantiu que não há registo de confronto com os rebeldes na área onde, supostamente, estavam os seqüestrados. Perante este conflito, o Papa lançou um apelo para "que cessem imediatamente todos os sequestros e sejam restituídos ao afeto dos seus queridos todos aqueles que ainda são vitimas de tais formas inadmissíveis de violência”
Este é o segundo pedido a favor da liberdade dos seqüestrados na Colômbia que Bento XVI faz em menos de um mês, depois de, a 10 de junho, ter exigido a libertação dos reféns.
A 9 de Janeiro deste ano, durante a apresentação das cartas credenciais do embaixador colombiano perante a Santa Sé, o Papa tinha manifestado o seu "ardente desejo" de que se ponha um ponto final ao "cruel flagelo dos seqüestro" no país.