No dia 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo, 51 arcebispos metropolitanos receberão o Pálio das mãos do papa Bento XVI. O Pálio (faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda) é uma insígnia litúrgica de "honra e jurisdição" que é abençoada pelos papas nesta solenidade. Para além do próprio papa, os Pálios são também colocados pelos arcebispos metropolitanos nas suas Igrejas e nas suas Províncias eclesiásticas. Esta insígnia é feita com a lã de dois cordeiros brancos benzidos pelos papas na memória litúrgica de Santa Inês, em 21 de janeiro.
Um dos cordeiros vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade da Santa, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio. Santa Inês, cujo nome latino (Agnes) se associa à palavra em latim para cordeiro (agnus), está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal.
Segundo Bento XVI é “expressão da nossa comunhão, que no ministério petrino tem a sua garantia visível”.
Os arcebispos que receberão o Pálio são:
Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana e presidente da CNBB,
Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo,
Dom Antonio Muniz Fernandes, Arfcebispo de Maceio em Alagoas,
Dom Jose Alberto Moura, arcebispo de Montes Claros, em Minas Gerais,
Dom Joao Bosco Oliver de Faria, arcebispo de Diamantina, em Minas Gerais
O Pálio
Pálio (do latim pallium: capa ou manto que cobre os ombros, e este de palla romana: manto romano de lã, que vem do grego Πάλλω: mover ligeiramente) é uma espécie de colarinho de lã branca, com cerca de 5 cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas, com 6 cruzes bordadas ao seu longo e que expressa a unidade com o sucessor de Pedro.