Vaticano

Violência não tem a última palavra, defende o Papa

Bento XVI lembrou as primeiras comunidades cristãs e os seus mártires para defender que a violência não tem a última palavra.

"O martírio, o sofrimento pela verdade são no final mais vitoriosos e eficientes do que a violência dos regimes totalitários", assinalou na Catequese desta quarta-feira, dia 30.        

O Papa observou que, desde as suas origens, a fé cristã propõe a não-violência, fato que mantém hoje em dia toda a atualidade. Citando uma afirmação de Tertuliano, segundo a qual o cristão não pode odiar sequer os seus inimigos, Bento XVI assinalou que esta "é uma exigência moral incontornável da opção da fé, que propõe a não-violência como regra de vida".

"Não há quem não veja a dramática atualidade deste ensinamento, nomeadamente à luz do vivo debate em curso sobre as religiões", disse.

Segundo Bento XVI, nos escritos de Tertuliano, muitos são os temas que ainda hoje somos chamados a enfrentar e que exigem uma fecunda busca interior à qual convidou todos os fiéis, "para conseguirem exprimir de modo cada vez mais convincente a regra da fé, segundo a qual – como escrevia Tertuliano – nós acreditamos que há um só Deus e nenhum outro fora do Criador do mundo, que tirou do nada todas as coisas por meio do seu Verbo gerado antes de todas as coisas".

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