Comentário

Diminuir a gravidez para combater a mortalidade infantil?

A pobreza é a maior inimiga da saúde da mulher. Pobreza que impede até mesmo um acesso à informação. Pobreza que é endêmica na América Latina. Chegou e ficou! E ao invés de combatê-la com educação, com investimentos em produção, com distribuição de renda, fica-se “orbitando” na superfície. Claro: é mais fácil liberar o aborto ou, ao menos, impedir a gravidez com ampla campanha e distribuição de pílulas.

Seria cômico se não fosse trágico. Para impedir mortes maternas querem restringir a gravidez. As mulheres brasileiras não merecem mais? Não merecem ter condições econômicas, de saúde, inclusive psicológica, para se ter uma criança?

Ninguém é contra um planejamento familiar. Há necessidade de se preparar a mulher, a adolescente, para uma gestação organizada, querida, desejada. Inclusive com uma educação sexual adequada. Agora, querer chegar a resultados, à proteção da mulher, sem combater as causas, sem investir em educação, é como “tapar o sol com a peneira”.

Costuma-se dizer que saúde não é ausência de doenças. Permita-me uma paráfrase: saúde da mulher não é ausência de gravidez. Gerar um filho, antes, é plenitude desta saúde! Saúde em abundância… Comemorar o dia Internacional da Saúde da Mulher falando só de aborto e de controle da natalidade é muita pobreza. Mais pobreza para a América Latina.

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