Os católicos de Moscou realizaram três dias de orações e iniciativas, para lembrar João Paulo II que, no dia 18 do corrente, teria completado 87 anos.
A Igreja Católica na Federação Russa promoveu a iniciativa, organizando encontros de oração em todas as Igrejas do país, além de conferências sobre a figura do falecido Papa.
As celebrações se concluíram ontem, com um encontro na Catedral de Moscou, na presença do núncio apostólico na Federação Russa, Dom Antonio Mennini, e do embaixador polonês na Rússia, Jerzy Bahr.
O arcebispo da Arquidiocese moscovita da Mãe de Deus, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, ressaltou que a iniciativa se realizou num momento em que a Igreja Ortodoxa russa acabava, oficialmente, com uma separação _ entre os ortodoxos na Rússia e aqueles no exterior _ que durou 80 anos.
"João Paulo II sempre teve grande interesse pela Rússia. Queria saber como vivia o país e conhecer mais sobre a Igreja Ortodoxa, e sempre levou em séria consideração, as dificuldades existentes" _ ressaltou Dom Kondrusiewicz.
Numa carta enviada ao patriarca ortodoxo de Moscou e de todas as Rússias, Aleksej II, Dom Kondrusiewicz manifestou sua alegria pela reunificação da Igreja Ortodoxa russa, oficializada no último dia 17. E fez votos de que a superação do cisma e a reunificação eucarística dos cristãos ortodoxos tenham um efeito pacificador sobre toda a sociedade russa, além de encorajar ao diálogo entre as duas Igrejas-irmãs.
O presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper, enviou uma carta, hoje, ao patriarca Aleksej II, formulando votos de maior impulso nas relações com as outras Igrejas, no desejo comum de realizar uma mais completa unidade dos cristãos.