Celebra-se, hoje, no Vaticano, a solenidade da Ascensão do Senhor ao Céu, que em alguns países, entre os quais, o Brasil, será celebrada no próximo domingo. Recorda-se com essa festa a conclusão da permanência visível de Deus entre os homens que levou à difusão do Cristianismo no mundo.
Uma manifestação de despedida necessária: assim é a Ascensão de Jesus, o retorno ao Pai que completou a Redenção. "Se eu não for não virá a vós o Consolador, se ao invés eu for, vos enviarei o Consolador", disse Jesus aos Apóstolos, segundo quanto nos relata o evangelista João.
"Nesta festa, a comunidade cristã é convidada a voltar o olhar para Aquele que, quarenta dias após a sua ressurreição, em meio ao estupor dos Apóstolos 'foi elevado ao alto diante de seu olhar e uma nuvem o subtraiu do olhar deles'. Subindo ao Céu, ele reabriu o caminho rumo à nossa pátria definitiva, que é o Paraíso. Agora, com a potência de seu Espírito, nos ajuda em nossa diária peregrinação na terra."
Assista o vídeo da solenidade e conheça o lugar onde tudo aconteceu
Com essas palavras, no dia 8 de maio de dois anos atrás, Bento XVI recordou o sentido da Ascensão. "Após quarenta dias desde quando se havia mostrado aos Apóstolos sob os traços de uma humanidade ordinária, que velavam a sua glória de Ressuscitado – explica o Catecismo da Igreja Católica –, Cristo sobe ao céu e senta-se à direita do Pai. Ele é o Senhor, que reina com a sua humanidade na glória eterna de Filho de Deus e intercede ao Pai incessantemente em nosso favor.
Manda-nos o seu Espírito e nos dá a esperança de alcançá-lo um dia, tendo nos preparado um lugar."
"Subindo para o 'alto', ele revela de modo inequívoco a sua divindade: retorna de onde veio, isto é em Deus, após ter realizado a sua missão na terra. Ademais, Cristo ascende ao Céu com a humanidade que assumiu e que ressuscitou dos mortos: aquela humanidade é a nossa, transfigurada, divinizada, que se tornou eterna. Portanto, a Ascensão revela a 'altíssima vocação' de toda pessoa humana: ela é chamada à vida eterna no Reino de Deus, Reino de amor, de luz e de paz."
Foi o que especificou o Sumo Pontífice, – durante o Regina Coeli de 21 de maio do ano passado, e alguns meses depois, celebrando as Vésperas em Munique, na Alemanha, no dia 10 de setembro, – que Jesus "na Ascensão não foi para nenhum lugar longe de nós". "A sua tenda, Ele mesmo com o seu corpo – disse o Papa – permanece entre nós como um de nós. Podemos chamá-lo de 'você' e falar com Ele. Ele nos escuta e, se estivermos atentos, sentiremos também que Ele responde." (*RL)