Depois de uma semana da canonização de Santo Antônio de Santana Galvão, diariamente cerca de 12 mil pessoas vindas de todos os cantos do Brasil vão ao Mosteiro da Luz na capital paulista, para pegarem as pílulas que são distribuídas gratuitamente.
Antes de as pegarem, os fiéis rezam e fazem homenagem ao primeiro santo brasileiro. Muitos vêm para agradecer a graça alcançada. Durante todo o dia o movimento na capela do mosteiro é intenso.
A rotina das freiras enclausuradas no mosteiro mudou devido ao grande número de fiéis. Hoje elas rezam com os peregrinos e depois fazem a distribuição das pílulas.
Foi frei Galvão que inventou as pílulas milagrosas nos idos de 1800, no Mosteiro da Luz. Conta-se que um dia ele foi procurado por um homem com dores fortes decorrentes de uma cólica renal. Para acalmá-lo, o frei teria recebido uma inspiração de Virgem Maria, e escrito a frase em latim em um pedaço de papel, feito uma pequena pílula e dado para o homem tomar com água. O homem teria expelido a pedra em seguida e a dor findou. A partir daí, a fama das pílulas se espalhou e frei Galvão começou a produzi-las semanalmente.
À beira da morte, ele ensinou o processo às freiras. Há mais de uma década, para atender a demanda, o Mosteiro da Luz autorizou outros mosteiros e conventos a produzi-las também.