Brasil

Assassino de Irmã Dorothy é condenado a 30 anos de prisão

Foi condenado ontem, dia 15, a 30 anos de prisão o assassino da missionária norte-americana Dorothy Stang, religiosa morta com seis tiros em Anapu, Pará – na Amazônia, no dia 12 de fevereiro de 2005. A missionária defendia a exploração sustentável da Amazônia e os camponeses do Pará, liderando um projeto de instalação de camponeses sem terra. A Ir. Stang tinha sido ameaçada de morte por fazendeiros, madeireiros e latifundiários da região, segundo alguns relatos.

O júri popular acolheu por 5 a 2 a tese da acusação e, pelo mesmo número de votos, recusou a tese da defesa de que o acusado não tinha motivos para matar a vítima.  Também por 5 a 2, o júri acatou a 1a. qualificadora de que o crime foi cometido mediante promessa de recompensa. A segunda qualificadora, de que o crime foi cometido sem que a vítima tivesse chance de se proteger, foi aceita por 6 dos cinco jurados. Por 7 a 0, acatou-se a qualificadora de que o crime foi cometido contra maior de 60 anos – Irmã Dorothy tinha 72 anos à época e, também, por 7 a 0 o juro rejeitou a existência de atenuantes.

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, foi considerado culpado pela morte da Ir. Stang e foi condenado a 30 anos de prisão, a pena máxima permitida no Brasil para esse tipo de crime.

A decisão foi comemorada por centenas de agricultores e representantes dos mais variados movimentos sociais que, desde o último Domingo, montaram uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça, para acompanhar o julgamento. A missionária trabalhou durante 4 décadas junto de pequenas comunidades no interior da Amazônia.

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