A Comissão dos Episcopados Católicos da UE (COMECE) manifestou a sua desilusão perante a regulamentação aprovada no Parlamento Europeu para as chamadas terapias avançadas (terapia genética, terapia das células somáticas e engenharia dos tecidos).
Noel Treanor, secretário-geral da COMECE, emitiu um comunicado à imprensa em que lembra as implicações desta decisão. "Em questões éticas fundamentais que tocam a inviolabilidade e a dignidade da vida humana, é indispensável que a soberania nacional dos Estados-membros seja respeitada e não prejudicada pela aplicação de medidas que apenas se relacionam com o mercado".
Mesmo reconhecendo o "grande benefício" que a regulamentação proposta traz aos doentes e à competitividade da UE, a COMECE lamenta, contudo, que se ofereçam "falsas esperanças" que não são suportadas por dados científicos.
A regulamentação, refere o comunicado, deveria ter salvaguardado "princípios éticos fundamentais sobre os quais há um amplo consenso europeu". Na votação do relatório Mikolášik, que decorreu esta quarta-feira, foram chumbadas todas as emendas que tinham como objetivo a salvaguarda desses princípios éticos.