Ao final da missa no Beirut Waterfront veio o apelo pelo Oriente Médio que “precisa de novas atitudes para rejeitar a lógica da vingança e da violência
Da redação, com Vatican News

Papa Leão XIV preside a Santa Missa na orla marítima, durante sua primeira viagem apostólica, em Beirute, Líbano / Mohamed Azakir – Reuters
“Nestes dias da minha primeira Viagem Apostólica, realizada durante o Ano Jubilar, desejei tornar-me peregrino de esperança no Oriente Médio, implorando a Deus o dom da paz para esta amada terra, marcada pela instabilidade, guerras e sofrimento.
Caros cristãos do Levante, quando os resultados dos vossos esforços pela paz tardarem em chegar, convido-vos a erguer o olhar para o Senhor que vem! Olhemos para Ele com esperança e coragem, convidando todos a trilhar o caminho da convivência, da fraternidade e da paz. Sede construtores da paz, anunciadores da paz, testemunhas da paz!
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O Oriente Médio precisa de novas atitudes para rejeitar a lógica da vingança e da violência; para superar as divisões políticas, sociais e religiosas; e para abrir novos capítulos sob o sinal da reconciliação e da paz. O caminho da hostilidade mútua e da destruição no horror da guerra foi percorrido por tempo demais, com resultados deploráveis que estão à vista de todos. É preciso mudar de rumo, é preciso educar o coração para a paz.”
Desde esta praça, rezo pelo Oriente Médio e por todos os povos que sofrem por causa da guerra. Também rezo com esperança por uma solução pacífica para as controvérsias políticas na Guiné-Bissau. E não esqueço as vítimas do incêndio em Hong Kong e os seus familiares.
Rezo especialmente pelo amado Líbano! Peço novamente à comunidade internacional que não poupe esforços na promoção de processos de diálogo e reconciliação. Dirijo um sincero apelo a todos aqueles que detêm autoridade política e social, aqui e em todos os países marcados pela guerra e violência: ouvi o grito dos vossos povos que clamam por paz! Coloquemo-nos todos ao serviço da vida, do bem comum, do desenvolvimento integral das pessoas.
Finalmente, dirijo-me aos cristãos do Levante, cidadãos de pleno direito destas terras. A vós, eu repito: coragem! Toda a Igreja olha para vós com carinho e admiração. Que a Bem-aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora do Líbano, vos proteja sempre”.




