Confiança na misericórdia

Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, exorta Papa

No Angelus deste domingo, Leão XIV lembrou que não é ostentando méritos que a pessoa se salva, mas sim reconhecendo seus pecados e pedindo perdão

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa cena para fiéis da janela do Palácio Apostólico no Angelus deste domingo, 26 / Foto: TIZIANA FABI / AFP

Após a Missa na Basílica de São Pedro neste domingo, 26, o Papa Leão XIV rezou o Angelus da janela de seu escritório unido a milhares de fiéis na Praça São Pedro que aguardavam sua aparição. Em sua reflexão, abordou o Evangelho do dia, que apresenta dois personagens que rezam no Templo, um fariseu e um publicano.

Leão XIV observou que o fariseu ostenta uma longa história de méritos. Considerando-se melhor que os outros, mantém-se de pé, com a cabeça erguida. Denota uma observância rigorosa da lei, mas pobre em amor e desprovida de misericórdia.

Já o publicano reza de forma bem diferente, pontuou o Papa. Há muito nele a ser perdoado: era cobrador de impostos, mas tem a coragem e humildade de se apresentar diante de Deus e pedir sua misericórdia. E ao final da parábola, Jesus diz que é este publicano que volta para casa “justificado”, ou seja, renovado e perdoado.

“Assim, Jesus transmite-nos uma mensagem poderosa: não é ostentando os nossos méritos que nos salvamos, nem escondendo os nossos erros, mas apresentando-nos tal como somos, honestamente, diante de Deus, de nós mesmos e dos outros, pedindo perdão e confiando na graça do Senhor.”

Fiéis na Praça São Pedro para o Angelus com o Papa / Foto: Joyce Mesquita

Reconhecer os erros e confiá-los a Deus

O Pontífice acrescentou ainda a visão de Santo Agostinho sobre este trecho bíblico. O santo compara o fariseu a um doente que, por vergonha e orgulho, esconde suas feridas do médico. Já o publicano expõe suas feridas, por mais desagradáveis que sejam, pedindo ajuda.

“Façamos o mesmo, queridos irmãos e irmãs. Não tenhamos medo de reconhecer os nossos erros, de os expor, assumindo a responsabilidade por eles e confiando-os à misericórdia de Deus. Deste modo, poderá crescer, em nós e à nossa volta, o seu Reino, que não pertence aos soberbos, mas aos humildes, e que se cultiva, na oração e na vida, através da honestidade, do perdão e da gratidão.”, concluiu.

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