Papa recordou as palavras que João Paulo II disse no início de seu ministério petrino, uma reflexão que permanece atual
Da redação, com Vatican News
Papa João Paulo II durante sua visita à Polônia, em 1979 / Foto: Wikimedia Commons / www.gov.pl
Nesta quarta-feira, 22, dia em que se celebra a memória litúrgica de São João Paulo II, o Papa Leão XIV recordou que há exatamente 47 anos, na Praça São Pedro, no Vaticano, ele exortou o mundo a abrir-se a Cristo. “Um chamado que segue válido ainda hoje: todos somos chamados a assumi-lo”.
Com estas palavras, o Papa Leão XIV, ao saudar os peregrinos de língua polonesa presentes na Audiência Geral, recordou a Missa de início do Pontificado de João Paulo II, no dia 22 de outubro de 1978. Em sua primeira homilia como bispo de Roma, ele exortou o mundo a “abrir as portas a Cristo”. Uma expressão que, mais tarde, se tornou uma marca do seu pontificado.
João Paulo II foi canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014 e, por decisão do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, sua memória litúrgica foi inscrita no Calendário Romano para ser celebrada no dia 22 de outubro, ao invés do dia de sua morte, 2 de abril.
Breve biografia
Karol Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice, na Polônia. Era o mais novo de três irmãos e teve a infância marcada por diversos lutos. Era jovem, tinha 19 anos, quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia e fechou a Universidade Jagelônica, em Cracóvia, que ele frequentava.
Em 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, frequentou os cursos de formação, no Seminário maior clandestino de Cracóvia. Depois da guerra, continuou seus estudos no Seminário maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagelônica, até ser ordenado padre, em 1946. Foi nomeado arcebispo de Cracóvia em 1964 e criado cardeal três anos depois.
Sucessor de João Paulo I, Karol Wojtyła foi o primeiro papa polonês, quebrando o ciclo de papas italianos em cerca de 450 anos. Eleito no Conclave em 16 de outubro de 1978, teve um dos pontificados mais longos da história da Igreja Católica: 26 anos.
Visitou 129 países e mais de mil cidades. Instituiu a Jornada Mundial da Juventude e o Encontro Mundial das Famílias. Também foi em seu pontificado a promulgação do Catecismo da Igreja Católica, um grande legado que deixou. Somam-se a isso outros documentos, como 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, cartas e livros.
Em 1981, sofreu um atentado a bala na Praça São Pedro. Recuperado, intensificou ainda mais seus compromissos pastorais. Nos últimos anos de vida, lutou bravamente contra o Parkinson. João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005 e teve um funeral marcado por uma grande multidão. Milhões de fiéis entoavam o grito de “Santo Súbito!”.
João Paulo II foi beatificado por seu sucessor imediato, o Papa Bento XVI, em 1º de maio de 2011. O milagre que abriu caminho para isso foi a cura inexplicável de uma religiosa francesa que sofria de mal de Parkinson. Já a canonização foi em 27 de abril de 2014, pelo Papa Francisco, após o reconhecimento do segundo milagre: cura de uma grave lesão cerebral em Floribhet Mora.
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