Um fim de semana de fé marcou as celebrações marianas em dois lugares especiais. Em Roma, o Jubileu da Espiritualidade Mariana reuniu peregrinos do mundo inteiro diante da imagem original de Nossa Senhora de Fátima. Em Portugal, milhares de devotos participaram das homenagens que lembraram a última aparição da Virgem aos Três Pastorinhos.
Reportagem de Gracielle Reis e Danúbia Gleisser
Imagens de Humberto Magro, Tv Canção Nova Portugal e Vatican News
Em 13 de outubro de 1917, a Virgem Maria apareceu pela última vez aos três pastorinhos na Cova da Iria. As celebrações foram presididas pelo arcebispo da Beira em Moçambique, Dom Cláudio Dalla Zuanna.
Em sua homilia, o celebrante destacou o caminho indicado por Maria como chave para a paz. “No nosso mundo atual, precisamos desta paz, que só é possível se o coração de cada um enveredar pelo caminho da conversão e se abrir ao bem, ao perdão, à solidariedade e ao cuidado da vida”, pregou Dom Cláudio.
Dom Cláudio evocou a primeira exortação do Papa Leão XIV como um alerta para que os pobres sejam vistos não como um problema social, mas como o centro da Igreja. “As primeiras palavras de Dilexi Te, te amou, Moçambique sente que Deus o amou, o amou porque é pobre e não precisam da esmola dos outros países. Precisam que a sua dignidade seja respeitada”.
Uma marca de Fátima é a oração pela paz. 150.000 peregrinos voltaram a Fátima para a última peregrinação internacional aniversária do ano. A peregrinação de outubro aconteceu em meio a dias históricos com a presença da imagem da capelinha em Roma.
No Vaticano, Papa Leão XIV consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria e ofereceu uma rosa de ouro ao Santuário de Fátima.
Sob o olhar da Virgem de Fátima e juntamente com os fiéis que celebraram o Jubileu da Espiritualidade Mariana, o Papa Leão XIV rezou o Ângelus. Na ocasião, disse que o começo do processo de paz trouxe uma centelha de esperança para a Terra Santa e animou as partes envolvidas a prosseguirem com coragem o caminho iniciado rumo a uma paz justa.
Leão também expressou tristeza com as notícias dos novos ataques que causaram mortes na Ucrânia. Renovo o apelo para que se ponha fim à violência, que se interrompa a destruição e que se abra um caminho para o diálogo e a paz.
Mais cedo, os sinos anunciaram a missa de encerramento do evento. Na homilia, o Papa ressaltou que a espiritualidade mariana alimenta a nossa fé e tem Jesus como centro.
Para o Santo Padre, a autêntica espiritualidade mariana torna atual na Igreja a ternura de Deus, a sua maternidade. Ao final, confiou o mundo ao Imaculado Coração de Maria.
O Jubileu começou na manhã de sábado. Padre Carlos Cabecinhas celebrou na Igreja de Santa Maria em Transpontina, onde os fiéis puderam rezar e venerar a imagem da Virgem.
De acordo com o Santuário de Fátima, esta foi a quarta vez que a imagem de 104 cm de altura, esculpida com a madeira de cedro do Brasil, saiu do solo português para estar em Roma. A vinda atendeu ao pedido de Leão XIV, o Papa a quis presente no Jubileu dedicado à espiritualidade mariana. “‘É também uma ocasião para sublinhar o quanto a mensagem de Fátima representada pela Senhora de Fátima, é uma mensagem de esperança no contexto deste Jubileu e sublinha a comunhão e a ligação com o Santo Padre”, destacou o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas.
À tarde, a imagem foi levada em procissão até a Praça de São Pedro. Milhares de fiéis se reuniram com o Papa para vigília de oração, que começou com terço pela paz. Leão ofereceu uma rosa de ouro a Nossa Senhora de Fátima e, ao pedir a intercessão da Virgem, reafirmou que a paz é desarmada e desarmante. Na presença de Maria, todos adoraram seu filho Jesus, implorando o dom da paz.
					



