Catedral de Nápoles

Milagre da liquefação do sangue de São Januário volta a acontecer

Reunidos na Catedral de Nápoles, fiéis testemunharam o milagre que costuma se repetir três vezes ao ano, uma delas na memória do santo, celebrada hoje

Da redação, com Vatican News

Arcebispo de Nápoles apresenta relíquia com sangue de São Januário liquefeito / Foto: Reprodução Youtube Catedral de Nápoles

Milhares de fiéis testemunharam nesta sexta-feira, 19, o milagre da liquefação do sangue de São Januário, na Catedral de Nápoles, Itália. O milagre aconteceu no dia em que a Igreja Católica celebra a sua memória litúrgica.

No início da celebração da Missa na Catedral, o arcebispo Dom Domenico Battaglia, apresentou aos fiéis a âmbula com o sangue do santo que se liquefez às 10h08 (hora local).

O milagre costuma se repetir três vezes ao ano: no primeiro sábado de maio – memória da primeira transladação dos restos mortais de São Januário para Nápoles; em 19 de setembro – memória litúrgica do santo e data do seu martírio; e no dia 16 de dezembro, para recordar a desastrosa erupção do Vesúvio, em 1631, bloqueada por intercessão do Santo.

São Januário

São Januário foi Bispo de Benevento e mártir da fé, em 305, durante as perseguições de Diocleciano. Ele já era venerado como santo e mártir entre os fiéis, mas sua canonização foi realizada em 1586 pelo Papa Sisto V.

Segundo o costume, por ocasião da execução dos mártires, uma mulher, de nome Eusébia, chegou ao lugar da morte de Januário e recolheu, em duas ampolas, o sangue derramado pelo Bispo, já em odor de santidade. Ela as entregou ao Bispo de Nápoles, que mandou construir duas capelas em homenagem ao sagrado traslado: São Januarinho em Vômero e São Januário em Antignano.

Seu corpo, ao invés, sepultado na zona rural de Marciano, teve uma primeira transladação, no século V, quando o culto ao Santo já era bem difundido. No ano de 1497 seus restos mortais foram transladados para a Catedral de Nápoles.

Relíquia do sangue

A relíquia do seu sangue foi exposta pela primeira vez em 1305. Porém, o milagre do seu sangue, que voltou ao estado líquido, permanecendo até a oitava seguinte, ocorreu, pela primeira vez, em 17 de agosto de 1389, após uma grande escassez.

As duas ampolas estão conservadas em uma teca de prata, por desejo de Roberto d’Angiò, na Capela do Tesouro de São Januário, na Catedral de Nápoles.

Quando a liquefação não ocorre, os napolitanos compreendem o fato como um mau sinal. A última vez que não ocorreu foi em 16 de dezembro de 2020, durante a pandemia.

Veja momento em que o arcebispo apresenta a relíquia 

 

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