PELA PAZ

Cardeal Parolin pede fim da tragédia em Gaza e da carnificina na Ucrânia

O Cardeal discursou em um evento no Hospital Bambino Gesù; Santa Sé segue voz na esperança de que soluções levem ao fim desses e outros conflitos pelo mundo

Da redação, com Vatican News

O Cardeal Parolin / Foto: Daniel Xavier

Desde o início da crise na Faixa de Gaza, a Santa Sé tem apelado a um cessar-fogo, à luz verde para a ajuda humanitária e ao início de negociações construtivas. Mas é um eco que se perde no horizonte, enquanto a realidade é que, apesar dos relatos diários de massacres, “não há atualmente nenhum diálogo”. O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, abordou a questão à margem de uma visita, na sexta-feira, 5, ao Hospital Bambino Gesù, em Roma, onde abençoou uma imagem de Pier Giorgio Frassati, que o Papa Leão XIV canonizará no domingo, 7, juntamente com Carlo Acutis.

Tragédia pede diálogo

O jornalista italiano Daniele Rocchi, da Agência SIR, questionou o Cardeal Parolin sobre sua visão, em particular sobre a insistência — tão frequentemente demonstrada pelo Papa — “para que as partes retomem o diálogo e, por meio dele, encontrem soluções para a terrível e trágica situação em Gaza”. A nossa, prossegue o Cardeal, “é uma voz que continua a se erguer porque já o fizemos antes. Fizemos isso ontem de forma muito decisiva com o presidente de Israel, e esperamos que essa voz, unida à da comunidade internacional, tenha algum efeito”.

Protegendo aqueles que não podem se mover

Outra pergunta feita focou nas situações críticas na região, como a de toda a Faixa de Gaza, vividas pela paróquia local, que abrigou centenas de pessoas desde o início das hostilidades. A preocupação com elas, afirma o Cardeal Parolin, “é grande, no sentido de que também há muitas pessoas com deficiência que não podem ser transferidas para outros lugares; portanto, esperamos que haja respeito por aqueles que decidiram ficar lá e que não podem fazer o contrário. E que este apelo para respeitá-los e protegê-los seja ouvido”.

Ucrânia, as portas abertas do Vaticano

O último pensamento é para a frente de guerra europeia, a Ucrânia, para a qual os países da coalizão dos dispostos reafirmaram seu compromisso de garantir a segurança. Neste caso, reafirma o Secretário de Estado, “a posição da Santa Sé é que um diálogo deve ser iniciado”, e o próprio Leão XIV, lembra ele, “chegou a oferecer o Vaticano como um local disponível para essas negociações”. O Cardeal Parolin conclui que este é um sinal de “uma grande vontade de ajudar a encontrar todas as formas e meios que possam pôr fim a esta carnificina”.

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