O Governo Federal assinou, hoje, um conjunto de medidas para auxiliar os setores atingidos pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A cerimônia no Palácio do Planalto teve a presença de líderes do Congresso e ministros.
Reportagem de Gabriela Matos e Ersomar Ribeiro
O Plano Brasil Soberano é uma ação interministerial criada para apresentar contra medidas econômicas e comerciais às tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
“Agora nós vamos ter, além de um sistema tributário em 2027 robusto, que favorece investimento, exportação, nós teremos um sistema de seguro e um sistema de crédito que vão inclusive contar com fundos garantidores para que o pequeno possa ter acesso ao crédito e ao seguro”, afirmou o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O governo afirma que essa é a primeira medida enérgica a ser tomada para enfrentar os efeitos que as tarifas norte-americanas possam causar no mercado exportador do Brasil e pode ser que haja novas atitudes. No entanto, economistas alertam para as consequências que essas decisões podem trazer para os empresários brasileiros.
“Pode entender como um remédio paliativo. É uma coisa inusitada, é como se fosse uma verba emergencial. E é uma verba emergencial, isso vai gerar maior endividamento”, constou o economista e especialista em finanças corporativas, Renan Silva.
O governo propõe ações para o fortalecimento do setor produtivo, como a abertura de crédito de R$ 30 bilhões de reais e de novos mercados, manutenção de empregos e negociações com os Estados Unidos.
“O governo não tinha essa provisão, tem dificuldades, de cumprimento, da meta fiscal, também tem um orçamento muito apertado em razão das despesas obrigatórias”, concluiu o economista.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, diante de representantes do executivo, do legislativo e da sociedade, o presidente Luís Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória que instala o programa Brasil Soberano.