Mesmo em nossas falhas e traições, Deus nunca falha, nunca deixa de nos amar. A afirmação, repleta de esperança, é do Papa Leão XIV, que, na catequese de hoje, usou esse sentimento como ponto central do ensinamento desta quarta-feira, 13.
Reportagem de Roger Ferrari
Imagens Vatican News
A audiência geral para a catequese com o Papa desta quarta-feira foi diferente. O encontro com peregrinos e fiéis aconteceu na sala Paulo VI. Isso porque as altas temperaturas na Europa fizeram os termômetros do Vaticano chegarem a 35º.
Antes de entrar, o Papa saudou quem estava no pátio Petrino e disse que voltaria a estar com eles após a audiência. Na catequese, Leão XIV convidou todos a refletirem sobre a própria fragilidade e o fato de que, mesmo querendo amar, também podemos ferir. E ressaltou que ter essa consciência coloca cada um no caminho da salvação.
O Santo Padre afirmou que o evangelho nos leva a reconhecer o mal como uma dolorosa oportunidade de renascer. De acordo com o Papa, se negamos o amor que nos gerou, se traímos esse amor, nos tornamos infiéis a nós mesmos. Na prática, perdemos o sentido de termos vindo ao mundo e nos excluímos da salvação.
“A fé não nos poupa da possibilidade do pecado”, continuou o Pontífice, afirmando que crer em Deus sempre nos oferece uma saída, a da misericórdia. “Jesus não se escandaliza com nossa fragilidade. Ele sabe muito bem que nenhuma amizade está imune ao risco da traição. Jesus continua a confiar”, concluiu o Pontífice.
Leão 14 afirma que Cristo não desiste de partir o pão, nem mesmo para aqueles que o traem, porque a força silenciosa de Deus está em nunca abandonar a mesa do amor, nem mesmo quando sabe que ficará sozinho.
Após a catequese, o Papa passou pela basílica, onde milhares de pessoas o aguardavam, e lembrou a todos que acompanhavam dali a catequese, que Jesus sempre nos ama e nos convida à conversão. Leão XIV ainda passou por entre os fiéis e se dirigiu a quem estava do lado de fora para cumprimentar e deixar a bênção de Deus.
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