SAÚDE

Acompanhe como a espiritualidade contribui com o tratamento mental

Esta terça-feira, 5, é Dia Nacional da Saúde. Um dos objetivos da data é conscientizar para uma vida mais saudável, como manter consultas e exames preventivos em dia. Outro aspecto a ser levado em consideração é a saúde mental. Para muitos, além do acompanhamento médico e psicológico, a espiritualidade também é essencial no tratamento.

Reportagem de Aline Imercio e Antonio Matos

Marisa ficou viúva há 5 meses. O marido faleceu atropelado enquanto andava de bicicleta. Foram mais de 30 anos de casados e dois filhos. Ministra extraordinária da Eucaristia e voluntária no santuário São Judas Tadeu, a fé ajuda a empresária a caminhar em meio à dor. “A oração diária, o terço, nossa mãe Maria, que ele amava tanto também Nossa Senhora e é isso que me dá força”, disse a empresária, Marisa Mano Mackevicius.

É preciso buscar acompanhamento médico especializado para enfrentar problemas como depressão ou ansiedade. A fé pode contribuir no processo de tratamento. “A espiritualidade, ela desempenha um papel muito importante na prevenção das doenças também, nos quadros ansiosos, nos quadros de estresse. A gente entende que a prática espiritual, seja a oração, seja meditação ou a participação em grupos religiosos, eles tendem a diminuir os quadros de estresse, o quadro de ansiedade. A medicação também faz parte desse processo”, explicou a médica psiquiatra, Michele Medeiros. 

“Psiquiatra, bom, vai indicar um um trabalho em conjunto com psicólogo. Além disso, tem todas as outras áreas que a gente sabe que é muito importante do ser humano, tem laços de amizade, família bem estruturada, religião, uma coisa importantíssima, é um alicerce. Ele vai encontrar ali grupos onde ele vai poder sentir um apoio, ele vai poder conversar, ele vai poder encontrar na própria fé os respaldos”, reforçou a psicóloga e especialista em saúde emocional, Brunna Dolgosky.

De acordo com o sacerdote, a fé, como Marisa demonstra viver, é tocada todos os dias. “O barco, ele precisa do farol. O farol é o ponto. A fé seria esse ponto, onde eu estou olhando para poder passar esse momento de tempestade. Então, nesse sentido, é que quem tem fé, quem acredita em algo, ele vai passar por tribulações, mas com muito mais segurança e com muito mais força”, apontou o pároco e reitor do Santuário S. Judas Tadeu, padre Daniel Aparecido Campos.

“Eu costumo dizer que Deus tá me carregando no colo. Às vezes eu dou alguns tropeços, ele pega, me pega no colo e vamos lá, vamos lá e vou eu vou”, concluiu Marisa.

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