Dois mil e vinte e quatro já é considerado um ano atípico em relação às queimadas no Brasil. Em São Paulo, foram quase 7.300 focos registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Em Pindamonhangaba, uma nova operação reforça o combate ao fogo e seus impactos.
Reportagem de Emerson Tersigni e Messias Junqueira
Areias Aparecida, Bananal, Pinda, manhã histórica para essas e outras dezenas de cidades que contam com a Defesa Civil.
“Então assim, o risco de incêndio é grande e o que que acontece? Os municípios precisam estar preparados. Então, qual é o material que a gente utiliza para combater incêndio? É o abafador, a bomba costal, os veículos que vão estar sendo disponibilizados. Então, assim, a Defesa Civil do Estado, sabendo da importância disso de aparelhar, de dar condições técnicas para os municípios combaterem esses incêndios, é isso que está sendo feito.
Então, todo esse material de combate a incêndio está sendo entregue hoje na entrega desses kits”, explicou o coordenador da Defesa Civil de Pindamonhangaba(SP), Michel Cassiano.
Foram entregues 250 kits de estiagem com 41 itens para sete regiões do estado de São Paulo, entre elas Sorocaba e São José do Rio Preto. Agora é a vez da região metropolitana do Vale do Paraíba. O número significativamente superior ao de 2024, quando foram registrados 102 kits entregues.
“Eles levam um inchadão que ajuda a fazer uma prevenção. É possível abrir um acero, que é uma proteção natural pro fogo não passar de um lado pro outro. Eles levam colete da Defesa Civil, eles levam uma série de itens de proteção para o próprio agente. Então, material que ele vai usar, mas material que vai protegê-lo também, porque só faz segurança quem tá seguro”, reforçou o diretor com. da Defesa Civil Estadual, tenente Maxwel Souza.
Até o ano passado, os kits de estiagem eram retirados pelos municípios na capital paulista. No entanto, a logística mudou. Somente nesta entrega em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, na região do Vale do Paraíba, foram contempladas 39 cidades.
“Apesar de termos o Corpo de Bombeiro, o combate primário é de fundamental importância, porque é onde começa o incêndio. Então, se a gente tiver a possibilidade, de com essas ferramentas chegar e fazer o primeiro combate, a gente evita um incêndio muito maior”, apontou o coordenador da Defesa Civil de Cruzeiro(SP), Leandro Santiago.
“Agora no mês de agosto, por exemplo, onde é o nosso pico de ocorrência, a gente visa fazer algumas rondas, vistorias, tentando pegar alguns flagrantes para tentar fazer aquela orientação para população e o combate no início, não esperar aquilo aumentar uma proporção muito maior. Então para gente essa fase é primordial, essas ações”, concluiu o coordenador da Defesa Civil de Caçapava(SP), Fernando Lourenço.