Medidas cautelares

PF cumpre mandatos na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro

Bolsonaro usará tornozeleira eletrônica e está proibido de sair à noite; defesa recebeu com indignação a imposição das medidas cautelares

Da Redação, com Agências

Na manhã desta sexta-feira, 18, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro e em endereços a ele relacionados. Segundo a PF, a operação cumpre a decisão do STF no âmbito da Petição de número 14.129.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro precisará usar tornozeleira eletrônica, está proibido de sair à noite e de utilizar as redes sociais. Também está proibido de se comunicar com outros réus ou com embaixadores e diplomatas de outros países.

Em nota, a defesa do ex-presidente informou que recebeu com surpresa e indignação “a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário.”.

Também por meio de nota oficial, o Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro, manifestou “estranheza e repúdio” diante da operação da PF. “O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação”.

Bolsonaro também se manifestou. Em entrevista à imprensa, ele disse que seus advogados iriam tomar conhecimento do inquérito. “Neste momento, é um novo inquérito, que eu estou também dentro dele. Os outros…o inquérito do golpe é um inquérito político, nada de concreto existe ali. (…) Nunca pensei em sair do Brasil, nunca pensei em ir para embaixada, mas as cautelares são em função disso. Eu não posso me aproximar de embaixada, eu tenho horário para ficar na rua e, no meu entender, o objetivo é a suprema humilhação”.

Bolsonaro é réu em uma série de investigações relacionadas à tentativa de golpe que culminou nos atos criminosos cometidos no 8 de janeiro de 2023. No último dia 14, a Procuradoria Geral da República apresentou as alegações finais na ação penal que julga os líderes dos atos antidemocráticos. Pediu-se a condenação dos denunciados – entre eles Bolsonaro – pelos crimes de: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

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