Aos bispos da igreja greco-católica ucraniana, o Papa Leão XIV reconheceu que não é fácil falar de esperança a um povo que perdeu tanto na guerra, mas exortou à fé
Da Redação, com Vatican News

Papa saúda bispos da igreja greco-católica ucraniana / Foto: Vatican Media/CPPIPA/Sipa USA via Reuters Connect
O Papa Leão XIV recebeu em audiência nesta quarta-feira, 2, membros do Sínodo da Igreja Greco-Católica Ucraniana. Dirigindo-se aos 55 bispos presentes, destacou palavras de perseverança na fé e esperança mesmo em meio ao cenário de guerra.
O Pontífice expressou sua alegria por mais um encontro com a igreja greco-católica ucraniana – no sábado, 28, ele já havia recebido um grupo de peregrinos – em especial neste ano jubilar. Ele lembrou as palavras do Papa Francisco, que sempre repetia que a esperança não decepciona porque se baseia no amor de Deus em Cristo Jesus.
“Certamente, no contexto histórico atual, não é fácil falar de esperança a vocês e ao povo confiado aos seus cuidados pastorais. Não é fácil encontrar palavras de consolo para as famílias que perderam seus entes queridos nesta guerra insensata. Imagino que também seja difícil para vocês, que estão em contato diário com pessoas feridas no coração e na carne. Apesar disso, recebo muitos testemunhos de fé e esperança por parte de homens e mulheres do seu povo. Isso é sinal da força de Deus que se manifesta em meio aos escombros da destruição.”
Esperança da paz em Cristo
Mais uma vez, o Papa renovou sua solidariedade a todo o povo ucraniano. Ciente das necessidades que os bispos da Igreja Greco-Católica precisam enfrentar, tanto em âmbito eclesial como no humanitário, o Pontífice encorajou-os à esperança da paz em Cristo. Leão XIV disse que reza para que a paz possa voltar o mais rápido possível àquela pátria.
“Estou perto de vocês e, através de vocês, estou perto de todos os fiéis da sua Igreja. Permaneçamos unidos na única fé e na única esperança. A nossa comunhão é um grande mistério: é comunhão real também com todos os irmãos e irmãs cuja vida foi arrancada desta terra, mas acolhida por Deus. Nele tudo vive e encontra plenitude de sentido.”