Após a Catequese desta quarta-feira, 21, o Pontífice expressou preocupação e dor por situação vivida na região e pediu que fiéis rezem o terço
Da Redação, com Vatican News

Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Ao final da Audiência Geral desta quarta-feira, 21, o Papa Leão XIV fez um apelo diante da situação atual na Faixa de Gaza. Em seu pedido, o Pontífice ressaltou a necessidade de que seja liberada a ajuda humanitária aos habitantes da região.
“Está cada vez mais preocupante e dolorosa a situação na Faixa de Gaza. Renovo o meu apelo sincero para consentir a entrada de ajuda humanitária digna e para pôr fim às hostilidades, cujo preço desolador está sendo pago por crianças, idosos e doentes”, expressou o Santo Padre.
No domingo, após o Regina Coeli, o Papa já havia denunciado que, na Faixa de Gaza, “as crianças, as famílias, os idosos sobreviventes estão reduzidos à fome”. Após a Catequese, retomou o tema para estigmatizar essa violência recordando que, “em um mundo dividido e ferido pelo ódio e pela guerra, somos chamados a semear a esperança e a construir a paz”.
Atualmente, caminhões carregados de ajuda humanitária que entraram em Gaza pela passagem de Kerem Shalom ainda estão esperando no lado da fronteira para chegar aos locais onde serão distribuídos, como relatam fontes humanitárias no local.
Nesta terça-feira, 20, Israel anunciou que permitiria a entrada de 93 caminhões na Faixa de Gaza. Contudo, de acordo com informações transmitidas por agências locais, uma dúzia de caminhões do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e cinco dos Emirados Árabes Unidos, além de um número desconhecido do Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM), ainda não chegaram aos pontos de distribuição.
Diante desta situação “cada vez mais preocupante” e “dolorosa”, Leão XIV exortou também todos os fiéis a pegarem a “arma da oração”. “Neste mês mariano, gostaria de reiterar o convite da Virgem de Fátima: ‘Rezem o terço todos os dias pela paz’”, disse o Pontífice na saudação aos portugueses. “Junto com Maria, peçamos que os homens não se fechem a este dom de Deus e desarmem seus corações”, acrescentou.