ENSINO

Projeto educacional valoriza a escrita cursiva com sentido cristão

A caligrafia, arte de escrever com letra cursiva, segue viva na formação das crianças. A Base Nacional Comum Curricular prevê o ensino dessa habilidade nos primeiros anos do ensino fundamental. No Instituto Canção Nova, esse aprendizado ganha um nome especial: CaligraFé, onde fé e escrita caminham juntas.

Reportagem de Huanna Cruz e Genilson Pacetti

Nos primeiros anos na escola, a escrita cursiva tem um papel fundamental. “Primeiro pelo processo de alfabetização das crianças, e depois pelas ativações cerebrais que ela traz, a gente trabalha muito com elas as questões do córtex motor, do córtex visual. Então a caligrafia escrita à mão ajuda as crianças nesse processo”, explicou a professora de português, Fabiane Sampaio.

De acordo com o departamento de Ciências Cerebrais e Psicológicas da Universidade de Indiana, nos Estado Unidos, aprender as letras por meio da escrita promove um estímulo cerebral superior à digitação num teclado. Aqui no Brasil, a professora de português comprova a teoria. “Além de ficarem mais concentradas, elas ativam a memória, e ela é fundamental para a aprendizagem, então as crianças memorizam melhor aquilo que elas estão escrevendo”, continuou a professora.

Nos tempos atuais, um grande desafio da caligrafia são as novas tecnologias. ” Elas têm acesso muito cedo as teclas, então elas acabam com uma facilidade maior na digitação do que na escrita, nosso trabalho enquanto escola é fazer o caminho contrário, oferecer para elas situações que elas possam escrever mais do que usar as telas”, completou a educadora.

A caligrafia é um aprendizado que deve começar na infância. Por meio dela, desenvolvemos a escrita manual de forma correta, legível e ordenada. No Instituto Canção Nova, o projeto CaligraFé une esse exercício à dimensão espiritual, promovendo uma formação que integra caligrafia e fé. “Nós primeiro fazemos a leitura do salmo, trabalhamos a leitura com eles, a entonação, ritmo, frequência, sinais de pontuação, depois nós fazemos uma meditação desse salmo, trazendo para nossa espiritualidade enquanto escola. E é até interessante porque algumas crianças falam: ‘Tia parece que falou comigo esse salmo hoje, eu precisava ouvir essa palavra’ “, concluiu a pedagóga.

E cada criança já tem o seu salmo predileto. “Gostei muito do salmo 90”, disse uma aluna.

” Meu salmo preferido é o salmo 90″, falou outro aluno.

” ‘Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do onipoente, descansará’ “, leu a aluna Alice Silva de Paula Alkemim.

” Salmo 146,5:’ Bem alventurado aquele que tem o Deus de Jacó, porque por seu auxílio e que cuja a esperança estava posta no Senhor, seu Deus’ “, terminou o aluno, Theo dos Santos Daltro.

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