Em uma mensagem transmitida este sábado pela BBC durante a rubrica “Thought for the Day”, o Pontífice exorta a não se olhar para o futuro “com pessimismo e resignação”
Da redação, com Vatican News
“Um mundo cheio de esperança e gentileza é mais bonito. É mais humana uma sociedade que olha para o futuro com confiança e que trata as pessoas com respeito e empatia”, porque a esperança e a gentileza “tocam o coração do Evangelho e apontam o caminho para guiar nosso comportamento’. Foi assim que o Papa Francisco se dirigiu aos ouvintes da emissora britânica BBC que puderam ouvir sua mensagem de áudio na manhã deste sábado, 28 de dezembro, durante a rubrica “Thought for the Day” (Pensamento do Dia).
Assim como, em outubro de 2021, por ocasião da 26ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), realizada em Glasgow, na Escócia, a mensagem do Pontífice foi transmitida pela emissora britânica.
Não ceder ao desânimo causado por guerras, violência e injustiça social
Desta vez, a ocasião é o período de Natal e o Jubileu da Esperança, que começou no último dia 24 de dezembro: momentos que, explica o Bispo de Roma, nos exortam a nos tornarmos “peregrinos da esperança” e a não olhar para o futuro “com pessimismo e resignação”. “As guerras, a injustiça social, as muitas formas de violência que experimentamos todos os dias”, observou, ”não devem nos arrastar para a tentação do ceticismo e do desânimo.
Olhar para o mundo com o olhar gentil da esperança
A escolha a ser feita, então, será a do Amor, que torna os corações “ardentes e confiantes”. Aqueles que amam, de fato, “mesmo que se encontrem em situações precárias, sempre contemplam o mundo com o olhar gentil da esperança”.
Praticar a humildade que abre ao diálogo
A gentileza em si, afirma Francisco, “não é uma estratégia diplomática”, nem “um comportamento formal a ser seguido para garantir a harmonia social ou para obter vantagens”. Pelo contrário, é “uma forma de amor que abre os corações para a acolhida e ajuda todos a se tornarem mais humildes”, ou seja, capazes daquela humildade que “predispõe ao diálogo, ajuda a superar mal-entendidos e gera gratidão”. Afinal, lembra o Papa, trata-se de “tomar as coisas da vida com gratidão e não tomá-las como garantidas”, como costumava dizer o escritor britânico Gilbert Keith Chesterton.
A gentileza como uma forma de relacionamento
A mensagem conclui-se com “um desejo de esperança” e o auspício de que, durante o Jubileu, possamos “exercitar a gentileza como uma forma de amor para nos relacionarmos com os outros”, trazendo “paz, fraternidade e gratidão” ao mundo.