Após dois anos de falecimento do fundador da Comunidade Canção Nova, missionários recordam experiências profundas com o padre
Fernanda Lima
Da Redação
Um sacerdote que sorria, abraçava, encorajava e se consumia pela evangelização. Muitas pessoas reconheciam essas características no Padre Jonas Abib. O sacerdote não perdeu a oportunidade de anunciar com alegria o Evangelho e cativou a muitos com sua presença marcante. Dois anos após seu falecimento, recordados nesta quinta-feira, 12, membros da Comunidade Canção Nova testemunham um legado que continua vivo.
“Ele caminhava como se visse o impossível”
A co-fundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, expressa que durante este tempo, um dos dos seus maiores objetivos tem sido viver com intensidade a missão, assim como padre Jonas sabiamente viveu. “É uma grande saudade, porém tenho sua presença muito viva em mim. Ele caminhava como se visse o invisível!”, salienta.
No último domingo, 8, padre Jonas Abib completaria 60 anos de ordenação sacerdotal. Para Luzia, uma vida empregada em evangelizar a ponto de gastar-se por inteiro é um predicado notável no seu ministério. “Ele gastou todas as suas energias para evangelizar e se doar ao povo de Deus. Pregou a Palavra no poder do Espírito Santo, mas principalmente anunciou a vinda gloriosa do Senhor. Sacerdote piedoso, disciplinado, generoso e sempre enxergava o positivo de cada pessoa”, frisa.
Wellington da Silva Jardim, conhecido como Eto, é co-fundador da Comunidade Canção Nova e conviveu com o padre Jonas durante 49 anos. Ele expressa como tem sido lidar esse período de profunda saudade. “São dois anos de muita oração e silêncio. Muito mais do que um legado, ele deixou uma presença marcante na vida de muitas pessoas e especialmente na minha também. Ele tinha gana de salvar almas! Isso sempre me marcou. Sinto que fui um braço direito dele nessa missão. Ao longo desse tempo, cresce em mim o desejo de evangelizar”, ressalta.
“Tive o privilégio de ver nos bastidores”
O missionário e escritor Tiago Marcon durante muitos anos conviveu com o padre Jonas. “Tive o privilégio de ver nos bastidores o que o padre Jonas pregava nos palcos. Buscava a Deus com intensidade e amava-o nas pessoas que encontrava. Vi nele, coerência, radicalidade, sede de Deus, amor ao próximo e virtudes”, pontua.
Segundo Tiago, o fundador da Comunidade Canção Nova foi um homem que não se poupou. “Era muito bem humorado e aproveitava cada momento. Perto dele me sentia único. Ele tinha convicção de quem era e sabia qual o motivo da sua vida. Por isso, se consumiu no propósito que lhe foi confiado por Deus”, expressa.
Para o missionário, a saudade dá lugar à responsabilidade em viver tudo que seu fundador ensinou. “A ousadia no anúncio e o desejo de ser tudo para todos é para mim o seu maior legado”, destaca.
“Ele dormia e acordava pensando em salvar almas”
A missionária e apresentadora Dircilene Duarte sempre admirou o padre Jonas como anunciador do Evangelho. “Ele tinha a capacidade de nos fazer apaixonados por Jesus e ainda hoje quando escuto suas pregações a minha alma se sente entusiasmada”, relata.
A capacidade de ser inteiro com cada pessoa é um dos atributos que a missionária destaca. “Ele nos fazia entrar no seu olhar individualizado e quando alguém estava com ele, nada mais importava. Era incrível! Nos olhava com profundeza de alma e isso nos fazia sentir que somos amados por Cristo. Acreditava na pessoa de maneira total e apostava no ser humano pra valer”, sublinha.
Dircilene recorda que o sacerdote perdia noites de sono para se dedicar à oração. “Nada importava mais do que Cristo na vida dele. Às vezes, perdia o horário de almoço para se doar na missão. Ele não perdia tempo e clamava o batismo no Espírito Santo. Padre Jonas dormia e acordava pensando em salvar almas. Isso é ser Canção Nova. Existimos para isso: para que as pessoas experimentem Cristo e tenham suas vidas transformadas por Ele”, concluiu.