Francisco recebeu passionistas em audiência nesta sexta-feira, 25, e destacou virtude da esperança e anúncio da ressurreição de Jesus
Da Redação, com Vatican News
Nesta sexta-feira, 25, o Papa Francisco recebeu, em audiência, cerca de 100 participantes do 48° Capítulo Geral da Congregação da Paixão de Jesus Cristo que está sendo concluído em Roma.
O evento, realizado a poucos dias do início do Jubileu 2025, tem a esperança entre seus temas principais. Diante disso, o Pontífice destacou que esta virtude tem “uma relação especial com o carisma dos passionistas”, uma vez que a “razão teológica é a morte e a ressurreição de Cristo”, com a certeza da fé fortalecida pela esperança de que, “além da morte, a vida continua”.
Em vista do Ano Santo que se aproxima, prosseguiu o Santo Padre, é preciso renovar as energias missionárias como anunciadores do Crucifixo Ressuscitado para alcançar o maior número possível de pessoas, pois todos têm extrema necessidade da luz do Evangelho. Desta forma, incentivou os passionistas a criarem novos caminhos e oportunidades para facilitar o encontro entre as pessoas e o Senhor:
“É necessário, portanto, sair pelas ruas, praças e becos do mundo, para não se tornar ansioso e criar bolor, e como prova da própria fé alegre e frutífera. No entanto, essa saída só poderá ser eficaz se brotar da plenitude do amor a Deus e à humanidade, vivida na vida contemplativa, nas relações fraternas da comunidade e no apoio mútuo.. Não deixem a vida contemplativa”, declarou Francisco.
Continuar anunciando a Cristo
Ao criar “eventos de evangelização”, insistiu o Papa, é necessário “um enraizamento constante na oração e na Palavra de Deus”, retirando-se para a oração e a contemplação. Recordando o fundador dos passionistas, São Paulo da Cruz, destacou a percepção do religioso italiano de que a morte de Jesus na Cruz é a manifestação suprema do amor de Deus.
“É o milagre dos milagres do amor divino, a porta para entrar na intimidade da oração e da união com Ele, a escola para aprender todas as virtudes, a energia que nos torna capazes de suportar toda dor”, manifestou o Pontífice.
Ao mesmo tempo, relembrou, São Paulo da Cruz tinha a percepção de que a humanidade não tinha plena consciência desse amor. Contudo, com “a alegria e a força do carisma, sinalizou, os passionistas (“ou apaixonados”) precisam continuar anunciando a presença de Jesus, sobretudo diante dos sofrimentos dos nossos dias com a pobreza, as guerras, as divisões das pessoas e o descarte dos vulneráveis.
“Que se faça todo o possível para evitar que a dor dos nossos irmãos permaneça sem sentido e se transforme em um desperdício de humanidade e desespero. Nas espirais dessa dor, Cristo passou sofrendo e foi crucificado, vivendo no amor cada perfuração e oferecendo significado à dor oferecida por amor”, concluiu o Santo Padre.