No Dia Mundial da Alfabetização, Papa expressou desejo de favorecer diálogo e encontro por meio de mensagem firmada pelo Cardeal Pietro Parolin
Da Redação, com Vatican News
Nesta segunda-feira, 9, é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização. A Santa Sé publicou uma mensagem do Papa Francisco recordando a data, assinada pelo secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin. O texto convida a refletir sobre a contribuição da alfabetização na aproximação dos povos e na sua compreensão mútua.
O Dia Mundial da Alfabetização foi instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1967. O tema escolhido para este ano é “Promover a educação multilíngue: a alfabetização para a compreensão recíproca e a paz”.
Na mensagem enviada à diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, o secretário de Estado descreveu que Francisco expressa proximidade espiritual a todos os promotores e protagonistas desta Conferência Mundial que acontece nos dias 9 e 10 de setembro em Camarões. Esta “é uma oportunidade particularmente propícia para fazer um balanço dos resultados obtidos na luta contra o analfabetismo e para encorajar todas as pessoas e instituições no precioso serviço da educação ao longo da vida”, registra o texto.
O multilinguismo pode favorecer a paz
A mensagem renova o apreço pelo papel da Unesco na promoção do multilinguismo, cada vez mais reconhecido como um fator que promove o desenvolvimento das pessoas, bem como o diálogo, a escuta e a mediação. O Cardeal Parolin manifesta que “as pessoas poliglotas são frequentemente procuradas porque, além da sua capacidade de compreender e falar vários idiomas, geralmente demonstram melhores habilidades analíticas, uma maior facilidade de comunicação e de socialização, bem como melhores aptidões cognitivas. Assim, os poliglotas estão mais dispostos a apreciar as riquezas das outras culturas, mesmo daquelas que estão muito distantes da sua”.
Na sequência, o secretário reforça que “ajudar as pessoas e os futuros líderes a se familiarizarem com mais idiomas é dar a nossa humanidade construtores de pontes, capazes de superar os preconceitos, as diferenças, os antagonismos e as polarizações para priorizar o diálogo e o encontro; é dar ao nosso mundo homens que saibam falar às mentes, mas também aos corações dos seus interlocutores, sejam eles parceiros ou adversários”.
O documento encoraja fortemente os responsáveis pela elaboração de políticas, os agentes educacionais e o público em geral a valorizar a importância da alfabetização para construir uma sociedade mais instruída, fraterna, solidária e pacífica.
Por fim, ao invocar graças e bênçãos divinas a todos promotores da compreensão mútua entre os povos, o Pontífice espera que a humanidade, ao invés de se opor uns contra os outros através de conflitos armados, aprenda a intensificar laços de fraternidade.